ULTRASSONOGRAFIA TORÁCICA EXTRACARDÍACA EM PEQUENOS ANIMAIS
Abstract
Até recentemente, a ultrassonografia não era muito utilizada para avaliação torácica em pequenos animais e humanos, devido à inabilidade de propagação da onda sonora pelo pulmão preenchido por ar. Entretanto, quando processos patológicos como efusão pleural e consolidação pulmonar estão presentes, a ultrassonografia torácica se torna viável pela existência de janela acústica. A ultrassonografia pode efetivamente auxiliar no diagnóstico e na conduta de diversas afecções em parede torácica, mediastino, pleura, pulmão e diafragma. Na parede torácica podem ser encontradas massas, incluindo neoplasias de tecidos moles e esquelética, hematomas, abscessos, e granulomas de corpos estranhos, que podem ser diferenciados de processos difusos como celulite ou hemorragia pela sua distribuição focal e sua propensão ao crescimento em direção à cavidade torácica. Massas mediastinais, que são encontradas mais comumente em região cranioventral primariamente na linha média, frequentemente levam à efusão pleural que se apresenta ultrassograficamente como conteúdo anecogênico a ecogênico, dependendo do nível de celularidade, no espaço pleural. Espessamento pleural pode indicar pleurite, doença pleural neoplásica ou efusão crônica. No pulmão, a ultrassonografia pode auxiliar na identificação de consolidação pulmonar, torção lobar, atelectasia e neoplasia. A avaliação diafragmática pode identificar hérnia diafragmática que pode ser obscurecida radiograficamente pela presença de efusão pleural e também possibilita a diferenciação de cardiomegalia de uma hérnia peritoneopericárdica. A ultrassonografia torácica fornece informações não obtidas através de radiografias, além de possibilitar a toracocentese, a aspiração e a biópsia tecidual das lesões.
Keywords
Full Text:
PDF (Português (Brasil))DOI: http://dx.doi.org/10.5380/avs.v16i3.20284