INFLUÊNCIAS FENOMENOLÓGICAS E HERMENÊUTICAS DE JAMES F. DONNELLY AO CURRÍCULO, À DOCÊNCIA E AO MODO DE SER-COM NA EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.5380/vrpect.1.98033Resumo
Neste texto, damos continuidade ao programa de pesquisa de mapeamento da tradição da Hermenêutica na Educação em Ciências. Focamos em artigos da obra de James F. Donnelly com fundamentos fenomenológicos e hermenêuticos, especialmente, em Martin Heidegger. Apresentamos o estudo da obra de Donnelly com recorte no que se refere à contribuição da fenomenologia e hermenêutica para problematizar, o caráter instrumental conferido ao currículo de Ciências derivado das características da ciência: a ausência do caráter pessoal, da demarcação a partir da ética e a ausência da reflexividade. Além disso, estas características podem dificultar o Ensino de Ciências. Inovações curriculares podem diminuir estas dificuldades incluindo um ensino que considere dimensões pessoais, interpretativas e humanas no currículo de Ciências. Entretanto, Donnelly critica inovações que esmaecem características da natureza da ciência. Sugere que as transformações das práticas e teorias dos professores precisam ser analisadas dentro da tradição em comunidades de prática, contrapondo-se, assim, às reformas curriculares em que os professores não participam de sua elaboração. A atualidade das reflexões de Donnelly nos levam, mesmo quase três décadas depois, a questionarmos nosso modo de ser professor(a) de Ciências atentos a questões éticas, curriculares, das tradições educativas que perpetuamos em nossas salas de aula de Ciências.
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