Livre-arbítrio, corpo e alma imortal, em Kant

Autor/innen

  • Edgard José Jorge Filho Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro, Brasil)

DOI:

https://doi.org/10.5380/sk.v16i2.89790

Schlagworte:

Kant, livre-arbítrio, corpo, alma imortal, comunidade ética

Abstract

Investiga-se a relação entre o livre-arbítrio e o corpo, em Kant. Procura-se compreender a cadeia de relações do livre arbítrio com as inclinações, o sentimento de prazer e desprazer, as sensações, os sentidos externo e interno e o corpo. Com base em tal compreensão, apresenta-se certa interpretação da concepção kantiana da imortalidade da alma. Argumenta-se que o livre-arbítrio é necessariamente condicionado pelo corpo vivo sensível (humano) e que, portanto, a alma imortal, enquanto existência e persistência infinita da personalidade do mesmo ser racional, que é indissociável do livre-arbítrio, depende da conexão necessária da alma com o corpo vivo sensível (humano). Levantam-se duas dificuldades concernentes à quela interpretaçío da imortalidade de alma e enfrenta-se a primeira delas mediante uma argumentação baseada na doutrina kantiana da comunidade ética e da legislação ética pública.

Literaturhinweise

ALLISON, H. E. Kant’s Theory of Freedom. New York: Cambridge University Press, 1990.

BECK, L. W. A Commentary on Kant’s Critique of Practical Reason. Chicago: The University of Chicago Press, 1960.

BRUCH, J. L. La Philosophie Religieuse de Kant. Paris: Aubier Montaigne, 1968.

FÖRSTER, E. “As mudanças no conceito kantiano de Deus”, Studia Kantiana, vol. 1, nº 1, setembro de 1998.

FRIERSON, P. “Kant on the Causes of Human Actions: A Brief Sketch”. In:RODEHN, V.; ALMEIDA, G. RUFFING, M. (org.). Recht und Frieden in der Philosophie Kants – Akten des Internationalen Kant-Kongresses. Berlin: Walter de Gruyter, 2008, pp. 33- 44.

GEORGE, R. “Immortality”. In: ROBINSON, H. (org.). Proceedings of the eighth International Kant Congress Memphis, Vol. II, Part 2. Milwaukee: Margutte University Press, 1995.

GOLDMANN, L. La communauté humaine et l’univers chez Kant. Paris: PUF, 1948.

JORGE FILHO, E. J. “A possibilidade de uma comunidade ética e a co-responsabilidade ética, em Kant”, Revista Síntese Nova Fase, n. 84 (1999), pp. 87-105.

KANT, I. Gesammelte Schriften. Deutsche Akademie der Wissenschaften. Berlin: Walter de Gruyter, 1990 ff.

KANT, I. Anthropologie du point de vue pragmatique. Trad. Michel Foucault. 2 Ed. Paris : Librairie Philosophique J. Vrin, 1970.

KANT, I. Crítica da Faculdade do Juízo. Trad. Valério Rohden e Antônio Marques. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1993.

KANT, I. Crítica da Razão Prática. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1964.

KANT, I. Crítica da Razão Pura. Trad. Alexandre Fradique Morujão e Manuela Pinto dos Santos. 4 Ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997a.

KANT, I. Critique of pure reason. Tra. e ed. Paul Guyer e Allen Wood. Cambridge: Cambridge University Press, 1997b.

KANT, I. The Metaphysics of Morals. Trad. Mary Gregor. Cambridge: Cambridge University Press, 1996.

Veröffentlicht

2023-06-08

Zitationsvorschlag

Jorge Filho, E. J. (2023). Livre-arbítrio, corpo e alma imortal, em Kant. Studia Kantiana, 16(2), 19–40. https://doi.org/10.5380/sk.v16i2.89790

Ausgabe

Rubrik

Artigos