O "eu devo" moral, o necessário "eu quero" e o "eu conheço" prático na Fundamentação 3
DOI:
https://doi.org/10.5380/sk.v18i1.89991Palavras-chave:
justificação da moralidade, conhecimento prático, lei moral, liberdade, FundamentaçãoResumo
Na 3ª Seção da Fundamentação, Kant procura estabelecer o "princípio supremo da moralidade" oferecendo o rationale para o que sua "determinação correta", alcançada na 2ª Seção através de uma investigação metafísica, apresentou como resultado maior: que uma vontade livre e uma vontade sob leis morais é uma e a mesma coisa (a tese da Einerleiheit). Ao esclarecer o que isso requer quanto ao tipo de atividade de uma razão prática, que o "eu devo" moral para os seres humanos é o necessário "eu quero" das suas vontades, que pode ser tal na medida em que é a atividade puramente racional da vontace, eu procuro explicar a "justificação" da moralidade que Kant oferece nessa Seção através a identificação do que está à base do necessário "eu quero": ele encontra sua justificação "objetiva" ao ser a constituição do "eu conheço" prático. Meu argumento é desenvolvido através da atenção aos detalhes da intrincada dialética de Kant na Seção.
Referências
ALLISON, H. Kant’s Theory of Freedom, Cambridge: CUP, 1990.
ALLISON, H. Kant’s Groundwork of the Metaphysics of Morals: A Commentary. Oxford: OUP, 2011.
ANSCOBE, G.E.M. Intention. Basil: Blackwell; Oxford: OUP, 1963.
ENGSTROM, S. The Form of Practical Knowledge, A Study of the Categorical Imperative. London: Harvard University Press, 2009.
HERMAN, B. “Justification and Objectivity: Comments on Rawls and Allison” In: FÖRSTER, E (ed.): Kant’s Transcendental Deductions. Stanford: Stanford University Press, 1989.
HERMAN, B. “Leaving Deontology Behind” In: The Practice of Moral Judgment. Cambridge (Mass): Harvard University Press, 1993.
HERMAN, B. “Reasoning to Obligation” In: Inquiry. vol.49, n. 1; pp. 44-61; February 2006.
HERMAN, B. “Morality and Moral Theory” In: Dewey Lectures, Pacific Division, Proceedings and Addresses of the APPA, vol. 83, n. 2, 2009.
HERMAN, B. “Embracing Kant’s Formalism”. In: Kantian Review, vol. 16, n. 1; pp. 49-66, 2011.
HUME, D. A Treatise of Human Nature, Oxford: Oxford University Press. (Selby-Bigge and Nidditch edition), 1978.
KANT, I. Crítica da Razão Pura, (trad. Valério Rhoden & Udo Moosburger), São Paulo: Abril, 1980.
KANT, I. Fundamentação da Metafísica dos Costumes (trad. Guido Antônio de Almeida). São Paulo: Barcarolla/Discurso, 2009.
KANT, I. Crítica da Razão Prática (trad. Valério Rhoden), São Paulo: Martins Fontes, 2015.
KLEINGELD, P. “Moral Consciousness ant the ‘Fact of Reason’” in: REATH, A. & TIMMERMANN, J. (eds.): Kant’s Critique of Practical Reason: A Critical Guide. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
O’NEIL, O. “Reason and Autonomy in Grundlegung III” In: Constructions of Reason. Cambridge: Cambridge University Press, 1990.
RAUSCHER, F. “Freedom and Reason in Groundwork III” In: TIMMERMANN, J. (ed.): Kant’s Groundwork of the Metaphysics of Morals: A Critical Guide. Cambridge: Cambridge University Prees, 2009.
REATH, A. “Formal Principles and the Form of a Law” In: REATH, A. & TIMMERMANN, J. (eds.): Kant’s Critique of Practical Reason: A Critical Guide. Cambridge: Cambridge University Press, 2010.
REATH, A. & TIMMERMANN, J. (eds.): Kant’s Critique of Practical Reason, A Critical Guide, Cambridge UP, 2010.
SCHÖNECKER, D. & WOOD, A. A Fundamentação da Metafísica dos Costumes de Kant: Um Comentário Introdutório (trad. Robinson dos Santos), São Paulo: Edições Loyola, 2014.
TIMMERMANN, J. (ed.): Kant’s Groundwork of the Metaphysics of Morals: A Critical Guide. Cambridge: Cambridge University Press, 2009.
TIMMERMANN, J. “Reversal or Retreat? Kant’s deductions of freedom and morality” In: REATH, A. & TIMMERMANN, J. (eds.): Kant’s Critique of Practical Reason, A Critical Guide, Cambridge UP, 2010.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 André Klaudat

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores mantém os direitos de republicação, sob condição de indicação de primeira publicação na Studia Kantiana.
Autores cedem o direito aos editores de vincular seus artigos em futuras bases de dados.
Todo o conteúdo desta revista está licenciado sob a Licença Internacional Creative Commons 4.0 (CC BY 4.0)