Autonomia e horizontalidade no movimento de ocupações (2015-2016): princípios genéricos ou localizados?
DOI:
https://doi.org/10.5380/sclplr.v10i2.96326Resumo
O presente trabalho é resultado de uma pesquisa documental e bibliográfica com o objetivo de compreender o desenvolvimento territorial do movimento secundarista de ocupações de escola (2015-2016) a partir da comparação entre relatos secundaristas da região metropolitana de Curitiba e o interior do Paraná. A metodologia é de caráter qualitativo, a técnica foi a análise de conteúdo das fontes documentais, bibliográficas e entrevistas semiestruturadas. Frequentemente se conclui que o movimento se pautou pelos princípios organizativos e políticos da autonomia e da horizontalidade. Estes princípios seriam característicos pela expressão de um desejo de protagonismo e democracia radical direta oriundos da tradição política do autonomismo. Em 2021, surgem novos dados com a pesquisa nacional “Ocupações Secundaristas no Brasil em 2015 e 2016: formação e autoformação política das e dos ocupas” que possibilitam a reavaliação de interpretações anteriores à luz de novos dados, esforço realizado no presente trabalho a partir do território. O resultado apresenta algum grau de municipalização do movimento secundarista de ocupações verificada pela diversidade de formas organizativas e princípios políticos adotados ao longo do território paranaense, revela-se a importância das relações dos estudantes com outros atores sociais na organização das ocupações. É possível afirmar que os princípios da autonomia e da horizontalidade são menos gerais do suposto pela literatura.
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