Migrações internacionais contemporâneas em Foz do Iguaçu (PR): o reflexo na saúde mental das mulheres migrantes
Resumo
Introdução: O fenômeno da migração acarreta uma série de impactos significativos na saúde, destacando-se a alta prevalência de transtornos mentais entre a população migrante, especialmente entre as mulheres em situação migratória. Objetivo: Analisar os reflexos das migrações internacionais na saúde mental das mulheres migrantes em Foz do Iguaçu (PR) e propor formulações de políticas públicas sensíveis a essa questão. Método: Trata-se de uma abordagem exploratória de natureza qualitativa, selecionada devido à carência de estudos na área de Políticas Públicas relacionadas ao tema em questão. O estudo consistiu na realização de dez entrevistas semiestruturadas individuais, conduzidas entre os meses de abril e maio de 2024. As entrevistas abordaram os seguintes tópicos: aspectos demográficos, biológicos, psicológicos e de violência de gênero, visando capturar uma compreensão holística das experiências das mulheres migrantes em relação à saúde mental. Resultado e Discussão: Os resultados revelaram uma variedade de desafios psicológicos enfrentados durante o processo migratório, incluindo ansiedade, dificuldades de adaptação cultural e social, violência verbal, emocional e assédio sexual. Apesar das dificuldades, algumas mulheres relataram experiências positivas associadas à migração. Conclusão: A escassez de estudos com foco específico nas mulheres migrantes sugere a necessidade de pesquisas adicionais. Com base nas respostas das entrevistadas, foram sugeridas formulações de políticas públicas para promover o apoio e o acesso equitativo aos serviços de saúde mental para mulheres migrantes. Para facilitar a compreensão do tema, o artigo foi dividido em quatro seções. Na primeira, apresenta-se a introdução, abordando a temática em questão. A segunda seção descreve o método utilizado. Na terceira seção, contextualizam-se as discussões e os resultados obtidos. Por fim, na quarta seção, são apresentadas as considerações finais.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v10i2.96320
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