Os intelectuais escritores e a representação da resistência à ditadura civil-militar nos romances brasileiros produzidos entre os anos de 1960-1970
DOI:
https://doi.org/10.5380/sclplr.v10i2.96316Resumo
Este trabalho tem o objetivo de apresentar uma reflexão sobre os intelectuais e suas produções literárias romanescas escritas entre 1960 e 1970, no contexto da ditadura civil-militar brasileira. Nesse sentido, busca-se estabelecer uma análise dos principais escritores de romances que retrataram criticamente os acontecimentos históricos do período da ditadura militar, tais como Antônio Callado, Ignácio de Loyola Brandão, Ivan Ângelo, Carlos Heitor Cony e Renato Tapajós. Esses intelectuais produziram romances cujos temas orbitavam em torno da tortura, censura, assassinatos e resistência armada promovida por grupos, organizações e coletivos de esquerda. A partir daí, o interesse reside em examinar o problema da resistência às atrocidades da ditadura militar, a partir das narrativas fictícias desses romances, escritos por intelectuais brasileiros que estavam produzindo suas obras mais relevantes durante aquele período. Trata-se, portanto, de uma análise comparativa das obras e de suas condições de produção, como Pessach (1967) de Carlos Heitor Cony, Zero (1974) de Ignácio de Loyola Brandão, A Festa (1976) de Ivan Ângelo, Em Câmera Lenta (1977) de Renato Tapajós, Bar Don Juan (1971) e Reflexos do Baile (1977) de Antônio Callado. Para tal análise, são imprescindíveis as contribuições metodológicas da sociologia dos intelectuais e da sociologia da literatura, à luz das teorias de Lukács e Goldmann. A discussão baseada no estudo comparativo dos romances produzidos no período é fundamental para o esclarecimento da história dos acontecimentos ditatoriais, uma vez que a forma literária, através de sua representação da experiência ditatorial, serve como documento que amplia o conhecimento sobre os fatos históricos ocorridos. Este trabalho procura contribuir com uma reflexão sobre os intelectuais escritores e suas produções romanescas no contexto da ditadura civil-militar no Brasil. A partir daí, busca-se analisar alguns dos grandes expoentes da produção romanesca que retrataram as experiências ditatoriais e produziram resistência no campo linguístico aos acontecimentos do período, tais como Antônio Callado, Ignácio de Loyola Brandão, Ivan Ângelo, Carlos Heitor Cony e Renato Tapajós. Esses intelectuais abordaram temas centrais como tortura, censura, assassinatos e resistência armada, oferecendo uma visão crítica e aprofundada das condições políticas e sociais daquele tempo.
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