A desigualdade de gênero nas Ciências Sociais brasileira: evidências sobre a perspectiva masculinista na ciência
Resumo
As desigualdades de gênero alcançam diversas esferas educacionais, dentre elas a do ensino superior. Embora tenha havido um aumento da produção científica feminina, dados da Organização das Nações Unidas (2018) mostraram que as mulheres correspondem a menos de 30% dos pesquisadores no mundo. Pressupõe-se que as diversas áreas do conhecimento têm se consolidado a partir de construtos teóricos de autores do gênero masculino. Questionamos, então, em que medida as publicações nas áreas de Ciências Sociais e Ciência Política brasileira evidenciam a perspectiva masculinista da ciência. Nosso objetivo é analisar comparativamente a desigualdade de gênero na produção das Ciências Sociais e Ciência Política brasileira. Através de estatística descritiva e análise bibliométrica em caráter exploratório, buscou-se quantificar a produção científica em ambas as áreas de modo comparado. Os resultados mostram a predominância masculina entre autores e entre artigos publicados, embora haja maior equilíbrio entre os gêneros na Sociologia do que na Ciência Política, e lançam luz sobre as consequências das desigualdades de gênero sobre a construção do conhecimento.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v10i2.96311
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