Para quem não quer ler: uma análise das cartas de estudantes do Complexo da Maré para juízes cariocas
DOI:
https://doi.org/10.5380/sclplr.v10i1.94248Palavras-chave:
segurança pública, necropolítica, vida nuaResumo
No ano de 2019, quando Wilson Witzel era governador do estado do Rio de Janeiro, a justiça encerrou um caso coletivo, em que a Defensoria Pública pleiteava a fixação de regras mínimas, que pautassem a ocorrência de operações policiais nas favelas que compõem o Complexo da Maré. Na tentativa de sensibilizar os juízes fluminenses, crianças e adolescentes, alunos da rede pública de educação, foram provocados a escrever cartas para o Tribunal, nas quais se manifestavam sobre o fim do processo, sem o julgamento do pedido. Em 2005, Machado, Leite e Fridman, ao estudarem a segurança pública no Rio de Janeiro, no período posterior à ditadura, diagnosticaram como desafio para a pasta, a tarefa de civilizar a polícia e os favelados. O presente artigo pretende, a partir da manifestação dos estudantes, testar se, de fato, quinze anos após o trabalho que nos serve de referência, a tarefa foi cumprida, amparando o estudo nos conceitos de necropolítica e vida nua.
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