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Mulheres negras na formação de docentes: identidades e estratégias de resistência em uma escola pública de Curitiba-PR

Aline Adriana de Oliveira, Carolina dos Anjos de Borba

Resumo


Neste artigo discutimos os resultados de pesquisa realizada entre 2018 e 2019 com alunas de uma turma do curso de formação de docentes em uma escola pública de Curitiba - PR. O objetivo era buscar uma aproximação entre a formação escolar e a construção de identidades negras, ou seja, compreender como “raça” enquanto temática foi mobilizada no cotidiano escolar, tal qual a maneira como emerge em narrativas identitárias formuladas pelas alunas. O recorte proposto procura compreender como estudantes que se veem como negras articulam suas identidades no espaço da escola, compreendendo tais identidades numa perspectiva que as entende como sendo negociadas e marcadas pelas diversas posições que os sujeitos ocupam. Através de etnografia, entrevistas semiestruturadas e um questionário de autoidentificação de raça-cor utilizado com a turma, os resultados sugerem a manutenção de formas diversas de racismos que se transmutam num sentimento difuso de “incapacidade” e falta de amparo em relação às estudantes que se autodeclaram negras, bem como a carência de abertura para o tema da história e cultura afro-brasileira nos currículos. Por fim, percebe-se como dos conflitos surgem estratégias de resistências, sobretudo para aquelas mulheres que se veem como negras e militantes e passam a reivindicar suas demandas na instituição escolar.


Palavras-chave


Mulheres Negras; Identidades; Formação de Docentes; Ambiente Escolar; Relações Étnico-Raciais

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v7i3.82264

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