Consumo vegetariano na contemporaneidade: uma reflexão a partir do conceito de política-vida de Giddens
DOI:
https://doi.org/10.5380/sclplr.v6i2.74916Palavras-chave:
Vegetarianismo, Política-vida, AlimentaçãoResumo
O objetivo deste texto é abordar a atitude reflexiva em relação à alimentação a partir da esfera do consumo utilizando a adoção da dieta vegetariana como estudo de caso e tendo como abordagem a teoria da reflexividade, em especial a abordada por Giddens. O termo reflexividade tem sido abordado em diferentes escolas sociológicas. No que tange a sociologia da alimentação, muitas vezes ele é utilizado para referenciar os consumidores que assumem uma postura alternativa em relação ao consumo de alimentos como os vegetarianos, por exemplo. O ato de comer é central na nossa relação com as outras espécies animais. Nesse sentido, na primeira parte deste texto, proponho uma discussão a esse respeito, em especial no que tange a percepção e a relação entre humanos e animais em um sistema de produção de carne industrial. Na segunda parte me atenho a discussão específica a respeita da dieta vegetariana como uma identidade alimentar que procura contestar a cultura e as forma de produção vigente. Em função dessa característica questiono em que medida ela se enquadra a uma estratégia de estilo de vida que Giddens denominou de política-vida, uma forma de subjetivação baseados em um modo de fazer política distinta dos modos tradicionais de luta pela emancipação. A partir do diálogo com o trabalho de Micheletti e Stolle (2010), argumento que tanto os vegetarianos motivados por questões éticas quanto por questões pessoais podem ser compreendidos a partir dos conceitos da política-vida.
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