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A fenomenologia de Martin Heidegger e a especificidade metodológica das Ciências Humanas

Rafael Ribeiro Almeida, Rafaela Magalhães de Paula

Resumo


As Ciências Humanas movimentam-se num impasse investigativo desde seu processo de constituição, no século XIX. E isso porque o mesmo modelo metodológico utilizado para investigar objetos especificamente regidos por leis naturais, transpassou-se como referencial para as Humanidades. Em vista disso, a racionalidade ligada às Ciências do espírito se percebe na premência de ir em busca de uma base metodológica própria. Neste sentido, nosso objetivo reside em explicitar a Fenomenologia de Martin Heidegger e sua possível contribuição para o universo temático das Ciências Humanas, em termos de método específico. Para tanto, investiga-se o pensamento de Heidegger em sua primeira fase filosófica representado, em especial, por “Ser e tempo” e “Os problemas fundamentais da fenomenologia”, ambos de 1927. A primeira evidência da contribuição heideggeriana no tocante a uma metodologia específica das Humanidades reside no fato de o autor ter introduzido um universo existencial no método por ele elaborado. O segundo indicativo da contribuição heideggeriana basicamente resume-se ao modo como o autor entende o conceito de “compreensão”. Assim sendo, indica-se viável propor uma postura metodológica alternativa, que, tal qual as Ciências Naturais, também pretende produzir uma racionalidade: a racionalidade das Ciências Humanas.


Palavras-chave


Ciências Humanas; Heidegger; Método fenomenológico; Compreensão

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v6i2.74915

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