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Análise do conceito de ciência em Bruno Latour nas obras A Esperança de Pandora e Jamais Fomos Modernos

Pedro Miguel Feres Aua

Resumo


Na segunda metade do século XX, o campo intelectual que se dedicava a pensar a ciência girava em torno de um questionamento: se a atividade científica e seus produtos seriam capazes ou não de encurtar um gap existente entre os polos humano e não humano, entre sujeitos e objetos. É nesse cenário que Bruno Latour, filósofo francês, propõe um entendimento inovador a respeito da separação moderna entre humanos e não humanos e, consequentemente, a respeito da prática científica. Em nosso trabalho, pretendemos discutir esse entendimento, que consiste na ideia de que, em realidade, nós jamais teríamos separado esses polos como parecíamos fazer. Realizaremos uma reflexão sobre ciência à luz de Bruno Latour nas obras Jamais Fomos Modernos e A Esperança De Pandora a fim de discutir seus principais pontos no que tange à prática científica. Concluiremos, analisando essas ideias para o entendimento do autor a respeito da modernidade, ilustrando como a ciência não é capaz de encurtar o suposto gap, pois este jamais existiu, pois, a própria atividade cerne do Ocidente, a atividade científica, opera em uma mistura de natureza e cultura, humanos e não humanos.

Palavras-chave


Ciência moderna; Latour; Não humanos; Natureza; Cultura

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v6i2.74913

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