“A água é pra vida e não pra morte”: crítica sociológica do modelo de desenvolvimento econômico na Amazônia Setentrional
DOI:
https://doi.org/10.5380/sclplr.v6i1.71455Palavras-chave:
Sociologia da Amazônia, Conflitos Socioambientais, Desenvolvimento, AmazôniaResumo
O presente artigo objetiva analisar e avaliar, a partir de uma perspectiva sociológica, os impactos socioambientais e econômicos facejados pela população de Ferreira Gomes, município do Estado do Amapá no norte do Brasil, decorrentes da construção das usinas hidrelétricas F. Gomes, C. Nunes e C. Caldeirão ao longo do Rio Araguari localizado no supracitado município, atentando o foco analítico para a dimensão da territorialidade. Para tanto, o itinerário percorrido perpassará por uma caracterização dos pressupostos históricos que fundamentam o modelo de desenvolvimento vigente na Amazônia, para então demonstrarmos suas consequências empíricas a partir de dados colhidos, via observação participante e análise documental, em Ferreira Gomes. Compreende-se que o escopo teórico aqui adotado insere-se nos esforços em consolidar uma “Sociologia da Amazônia”, cujo objetivo consiste em dar fundamentações críticas e dimensionar a esfera político-ideológica dos fatores antropogênicos nos problemas ambientais. Em suma, o artigo em tela consiste em uma análise crítica do modelo desenvolvimentista imposto à região amazônica, problematizando o paradoxo onde o desmatamento, a perda da biodiversidade, os danos às comunidades, os incomensuráveis danos ambientais etc. seriam legitimados e justificados em nome de um suposto “desenvolvimento”.
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