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Os primeiros meses da agenda socioambiental de Jair Bolsonaro e o que esta nos diz sobre nossa ontologia

Ana Julia Vaz dos Santos

Resumo


Este artigo tem como problema central a discussão acerca da agenda adotada pelo governo Bolsonaro (PSL), nos nove primeiros meses de mandato, caracterizadas pelo enfraquecimento de leis e órgãos de proteção e fiscalização ambiental, que estimulam o desmatamento da Floresta Amazônica. Busca-se demonstrar por meio de um diálogo com a teoria pós-estruturalista, que essa relação com o território e com outros grupos não ocidentais, está ligada a um conflito ontológico. Expõem-se ao longo do texto, detalhes de nossa ontologia atrelada à ideia de progresso, domínio sobre a natureza e seus desdobramentos na relação do homem ocidental com o ambiente e sua destruição como representados pela agenda do governo frente ao meio ambiente. Os resultados vão de encontro à ideia de que a relação humana ocidental com o meio ambiente está relacionada à lógica do ‘antropoceno’ correspondente à era em que os humanos se tornaram uma força capaz de destruição planetária. Além disso, a ontologia moderna mostra-se incapaz de reconhecer nossa interdependência com outras espécies apresentando resultados dramáticos. Mostra-se necessário um discurso mais eco-centrado, e a possibilidade de uma relação benéfica entre humanos e a natureza, impedindo uma agenda política de degradação ambiental e humana.

Palavras-chave


Antropoceno; Ecologia; Território; Estudos Multiespécie.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v5i2.71037

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