Capitalismo Gore no Brasil: entre farmacopornografia e necropolítica, o golden shower e a continência de Bolsonaro

Autores

  • Ribamar José de Oliveira Junior Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

DOI:

https://doi.org/10.5380/sclplr.v5i1.68204

Palavras-chave:

Capitalismo Gore, Gênero e Sexualidades, Violência, Bolsonaro.

Resumo

Neste texto, busco utilizar o conceito de capitalismo gore para pensar a violência de gênero no cenário político após a posse de Jair Bolsonaro (PSL), em 2019, no Brasil. Acredito que o mandato do Presidente, em relação à violência decorativa e às estratégias de biomercado, pode exacerbar, por meio da tentativa de acompanhar as lógicas neoliberais, práticas gore na política brasileira, principalmente, no contexto da legitimidade da violência de gênero a partir do argumento ideológico da moral. Nesse sentido, procuro perceber nuances entre o regime farmacopornográfico e a necropolítica a partir de uma coreografia do modelo masculinista de Estado. O golden shower pode ter sido o efeito placebo de uma possível era pós-sexual, ainda não iniciada, tida como um efeito secundário da indústria farmacopornográfica. O conservadorismo do seu mandato sintoniza com as normativas do regime sexual disciplinar do século XIX, ou seja, parece que ele ainda não sabe que a invenção da Pílula e a masturbação se tornaram uma fonte de produção de capital. Enquanto isso, Bolsonaro parece operar na via utópica mais próxima de uma “Disney heterossexual-land”.

Biografia do Autor

Ribamar José de Oliveira Junior, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)

Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e especializando em Gênero e Sexualidade na Educação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Jornalista pela Universidade Federal do Cariri (UFCA)

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Publicado

2019-08-01

Como Citar

Junior, R. J. de O. (2019). Capitalismo Gore no Brasil: entre farmacopornografia e necropolítica, o golden shower e a continência de Bolsonaro. Sociologias Plurais, 5(1). https://doi.org/10.5380/sclplr.v5i1.68204

Edição

Seção

Artigos