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Capitalismo Gore no Brasil: entre farmacopornografia e necropolítica, o golden shower e a continência de Bolsonaro

Ribamar José de Oliveira Junior

Resumo


Neste texto, busco utilizar o conceito de capitalismo gore para pensar a violência de gênero no cenário político após a posse de Jair Bolsonaro (PSL), em 2019, no Brasil. Acredito que o mandato do Presidente, em relação à violência decorativa e às estratégias de biomercado, pode exacerbar, por meio da tentativa de acompanhar as lógicas neoliberais, práticas gore na política brasileira, principalmente, no contexto da legitimidade da violência de gênero a partir do argumento ideológico da moral. Nesse sentido, procuro perceber nuances entre o regime farmacopornográfico e a necropolítica a partir de uma coreografia do modelo masculinista de Estado. O golden shower pode ter sido o efeito placebo de uma possível era pós-sexual, ainda não iniciada, tida como um efeito secundário da indústria farmacopornográfica. O conservadorismo do seu mandato sintoniza com as normativas do regime sexual disciplinar do século XIX, ou seja, parece que ele ainda não sabe que a invenção da Pílula e a masturbação se tornaram uma fonte de produção de capital. Enquanto isso, Bolsonaro parece operar na via utópica mais próxima de uma “Disney heterossexual-land”.

Palavras-chave


Capitalismo Gore; Gênero e Sexualidades; Violência; Bolsonaro.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v5i1.68204

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