As ocupações das escolas públicas e a defesa da Sociologia no Ensino Médio
Resumo
O presente trabalho tem como tema central as reformas educacionais aprovadas em 2017 (MP 746 e PEC 55), em que a Sociologia deixa de ser obrigatória, e a consequente mobilização estudantil com a ocupação de centenas de escolas públicas no país. Nosso objetivo principal é propor uma reflexão, através da ênfase no movimento das ocupações, sobre a forma como os estudantes estão vivenciando e compreendendo as discussões sobre educação. Disso, surge o objetivo específico em debater qual é a finalidade potencial que a disciplina de Sociologia assume nesse processo, tanto a partir da perspectiva legislativa e histórica quanto da narrativa dos próprios estudantes dentro das ocupações. Diante disso, partimos nossa análise da implementação da Sociologia como um processo intermitente no Brasil, evidenciando a fragilidade da sua permanência na grade curricular; para em seguida, discutir qual a experiência escolar desses jovens enquanto estudantes e ocupantes. A hipótese aqui defendida é que essa experiência é negativa, e a retirada da obrigatoriedade da Sociologia reforça este processo. Por isso, a pergunta que nos norteia durante todo o trabalho é qual é a finalidade que a Sociologia pode e deve assumir neste contexto.
Palavras-chave: Ensino de Sociologia, juventude, participação política.
Texto completo:
PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v4i3.62858
Apontamentos
- Não há apontamentos.