Micropolíticas de exclusão: as dificuldades no acesso e permanência das pessoas trans na educação
Resumo
Pretende-se discutir neste artigo as dificuldades que as pessoas trans apresentam para o acesso e a permanência nos ambientes educacionais. É de amplo conhecimento que a transfobia – violência, preconceito e discriminação que as pessoas trans sofrem – é causadora de grandes dificuldades e desafios na vida destas pessoas, em todos os espaços de convivência, e não seria diferente nas instituições de ensino. Infelizmente, na escola também se aprende e ensina como reproduzir preconceitos e desrespeito às diferenças. O ambiente escolar e o universitário muitas vezes chegam a ser tão hostis às pessoas trans que é frequente a desistência precoce dos estudos. Ainda hoje (mesmo que haja avanços) é incomum a cena de uma pessoa trans que concluiu o ensino superior; ao ponto de que a notícia de uma mulher ou um homem trans finalizando uma pós- graduação, ganha enorme repercussão e notoriedade principalmente nos meios de divulgação nas mídias digitais, como as redes sociais. Neste sentido, o trabalho almeja problematizar estas dificuldades denominando- as como micropolíticas de exclusão, a partir de um referencial foucaultiano. Tais micropolíticas são produzidas nos espaços educacionais e geram desconforto e adversidades para as pessoas trans, obrigando-as muitas vezes a abandonarem os estudos. Salienta-se que se existem poucas políticas de acesso, as políticas para a permanência ainda são incipientes e precárias.
Palavras-Chave: Pessoas trans. Educação. Acesso e permanência.
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PDFDOI: http://dx.doi.org/10.5380/sclplr.v4i3.62823
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