HIPERPARATIREOIDISMO PRIMÁRIO - DIFERENTES MODALIDADES DE TRATAMENTOS
DOI:
https://doi.org/10.5380/rmu.v2i4.42077Palavras-chave:
Hiperparatireoidismo, Hormônio Paratireóideo, Hipercalcemia, Densidade Mineral Óssea, ParatireoidectomiaResumo
RESUMO
Objetivo: Avaliar a resposta clínica dos portadores de HPTP, submetidos ou não à cirurgia, comparando a evolução de cada grupo.
Métodos: Avaliação através dos prontuários dos pacientes com HPTP atendidos no Hospital de Clínicas no período de 1992 a 2014. Os pacientes foram divididos de acordo com o tratamento em grupo cirúrgico (GC) e clínico (GCL). Dados de exames laboratoriais e densitométricos anteriores e após o tratamento foram coletados e posteriormente, realizada uma comparação entre eles.
Resultados: Cinquenta e um dos 99 prontuários selecionados compuseram a amostra final, sendo 27 no GC, com idade média de 73±9,8 anos e 24 no GCL, com idade média de 58±12,8 anos, (p=0,0001). Todos os parâmetros avaliados se mantiveram semelhantes no GCL com exceção da DMO de coluna lombar (L1-L4), que aumentou em média 7,5 %. Já o GC apresentou aumento médio na DMO de 22,2% em L1-L4, 14,5% em colo de fêmur e de 11,3% em fêmur total. Neste grupo, cálcio sérico, urinário e PTH diminuíram (p<0,05), embora seis pacientes não apresentaram cura cirúrgica. O GCL apresentou maior comorbidade cardiovascular (p=0,038) que o GC. Os demais parâmetros foram semelhantes entre os grupos.
Conclusão: Foi visto uma melhora nos parâmetros laboratoriais e densitométricos dos pacientes do GC, concluindo assim que a cirurgia foi a melhor opção em pacientes mais jovens.
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