MELANOMA: PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE CINCO ANOS EM UM HOSPITAL DE CURITIBA-PR
DOI:
https://doi.org/10.5380/rmu.v2i2.40993Palavras-chave:
Epidemiologia, Diagnóstico, Melanoma.Resumo
Introdução: O melanoma cutâneo (MC) é a terceira neoplasia mais frequente na pele, entretanto é a de pior prognóstico. Mesmo sendo pouco prevalente, representa uma séria ameaça de saúde pública em virtude de ocasionar altas taxas de morbimortalidade. Objetivo: O objetivo deste estudo é realizar uma triagem nos prontuários de pacientes diagnosticados com MC durante cinco anos em um serviço especializado em câncer de pele da cidade de Curitiba/PR, a fim de conhecer as características desta neoplasia nessa população. Métodos: Realizou-se uma análise restrospectiva através da verificação de prontuários de pacientes com MC, diagnosticados no período compreendido entre janeiro de 2007 e dezembro de 2011, em um serviço especializado em câncer de pele da cidade de Curitiba/PR. Resultados: A amostra consistiu em 23 casos de MC de sítio primário, sendo lentigo maligno (43,4%), extensivo superficial (26%), nodular (17,6%) e não especificado (13%). Dentre estes 3 com Breslow ≥4mm, todos em pacientes do sexo masculino. Em contrapartida, em 43,4% dos pacientes não foi possível aplicar o índice de Breslow, em virtude do lentigo maligno melanoma caracterizar-se por ser in situ. Identificou-se homens com diagnóstico mais tardio em relação às mulheres, já que 80% deles possuíam um Breslow >1mm. Conclusão: Sugere-se maior divulgação dos cuidados com a exposição solar e melhor formação para que o médico clínico geral seja um identificador de MC o mais precocemente possível, podendo, assim, encaminhar o paciente para uma abordagem com maior possibilidade de cura.
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