Eco-medievalismo subversivo em the Water of the Wondrous Isles, de William Morris
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v18i2.90664Palavras-chave:
Ecocrítica, Medievalismo, William Morris, Literatura FantásticaResumo
William Morris (1834-1896) foi um escritor inglês de grande versatilidade, produzindo poesia e romances que estabeleceriam marcos importantes para a literatura de fantasia. Não se limitando à escrita literária, foi também um revolucionário socialista e ativista de um ambientalismo regional. Inspirado por locais sobrenaturais da literatura medieval, Morris utiliza-se com frequência de aspectos ecológicos em sua escrita, por vezes entrelaçados a visões do socialismo e de comunidades alternativas. Sendo assim, o objetivo deste artigo é apresentar a obra fantástica deste autor ainda pouco conhecido no Brasil, abordando, com base na teoria da ecocrítica (BUELL, 2005) e do medievalismo (D’ARCENS, 2016), os aspectos da ecologia fantástica encontrados no romance The Water of the Wondrous Isles (1897), o penúltimo escrito pelo autor. Nesta obra, a presença de florestas e de corpos d’água como veículos do fantástico é claramente estabelecida por Morris, em especial na representação da floresta habitada pela protagonista Birdalone, e nas suas viagens para diversas ilhas através do lago Great Water, o qual domina a narrativa. Cria-se, dessa maneira, uma imagem que conecta o natural ao sobrenatural e que, somada à própria linguagem arcaica utilizada pelo autor, dialoga com textos medievais que empregam estes mesmos elementos em suas narrativas.
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