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O que pode o corpo nas utopias e distopias: figurações do pós-humano na ficção científica

Gabriela Barbosa de Souto

Resumo


Em um momento em que as narrativas distópicas parecem extrapolar suas fronteiras ficcionais, as utopias se fazem cada vez mais necessárias. Mas o que utopias e distopias têm a nos dizer sobre os corpos que (re)produzem, especialmente a partir do viés da relação entre o corpo e a tecnologia, tão intrínseca à atual existência humana? Seriam estas narrativas premonitórias da manipulação genética, da interferência farmacológica e dos procedimentos estéticos, ou apenas um meio de expor as transformações pelas quais a humanidade vem passando ao longo dos últimos anos? Até onde o ser humano continua a ser humano e até onde a sua natureza pode ser alterada a partir das suas mutações? As fronteiras entre o humano e o pós-humano, entrecruzadas pela figura do ciborgue, são constantemente exploradas nas narrativas de ficção, principalmente nas obras de ficção científica. Partindo desta e de outras figurações do pós-humano, a exemplo das inteligências artificiais, dos androides e de humanos conectados ao ciberespaço, este ensaio tem como objetivo levantar questões a partir dos corpos possíveis nas/das utopias e distopias, dialogando com uma série de referências intermidiáticas, dando destaque aos corpos pós-humanos das narrativas de ficção científica e às questões ontológicas vinculadas a eles.

Palavras-chave


Corpo; Pós-humano; Utopia; Distopia

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v17i4.87109