O transfeminismo não é um genderismo
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v17i1.84398Palavras-chave:
Necropolítica, Neoliberalismo, Transfeminismos, Transexclusionismo.Resumo
Neste trabalho, revisa-se e discute-se como os transfeminismos são movimentos em rede que, ante a surgimento de uma violência necropolítica contra as mulheres cis e trans e xs sujeitxs feminilizados, consideram os estados de trânsito de gênero, de migração, de mestiçagem, de vulnerabilidade, de raça e de classe como transversais para fazer alianças emancipatórias ante a violência cis-hétero-patriarcal e racista. Dessa forma, os movimentos transfeministas surgem com o objetivo de criar espaços e campos discursivos para todas as práticas e sujeitos que estão fora ou que se desvinculam fortemente da reconversão neoliberal dos aparatos críticos dos feminismos, reconversão que hoje conhecemos como políticas de gênero biologicistas ou políticas de mulheres cis. Por esse motivo, o transfeminismo tem como principal objetivo repolitizar e des-essencializar os movimentos feministas g-locais, em contrapartida ao discurso governamental e das ONGs que capturam e padronizam a linguagem dos feminismos e a usam como estratégia de desativação política dos movimentos feministas, reduzindo-os a uma crítica engessada que é reapropriada pelo mercado e o Estado neoliberal.
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