Resistência e subversão no romance gráfico Persépolis, de Marjane Satrapi
DOI:
https://doi.org/10.5380/rvx.v17i1.82910Palavras-chave:
Graphic Novel, Persépolis, Alívio cômico, Feminismo.Resumo
O presente trabalho propõe uma análise do romance gráfico (graphic novel)Persépolis, da escritora iraniana Marjane Satrapi. Para a análise, foram selecionados apenas os quadrinhos que apresentam elementos de comicidade, que dão o efeito de alívio cômico, uma vez que aparecem sempre após grande tensão na história e que são usados para satirizar os acontecimentos históricos que se entrelaçam ao relato autobiográfico da narradora, a saber, a Revolução Iraniana de 1979, que transformou a monarquia do Xá Reza Pahlevi, rei pró-Ocidente, em uma República islâmica teocrática, acarretando a mudança de Satrapi para a Europa. O romance gráfico alterna momentos de tensão com o uso massivo do alívio cômico de forma a criticar os efeitos da revolução na vida dos cidadãos iranianos à época, especialmente a forma como o Estado passa a perseguir, torturar e matar os opositores do regime, como pessoas do círculo íntimo da própria autora. O presente trabalho analisa esta autobiografia em formato de quadrinhos sob a ótica dos estudos culturais feministas contemporâneos que buscam pensar a condição da mulher na sociedade, uma vez que a obra é marcada por episódios de violência contra mulheres que foram destituídas de poder de autogerência sobre seus corpos e vidas.
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