UMA FLOR NASCEU NO RIO! PAPÉIS DOS ACTANTES NA ENCENAÇÃO NARRATIVA EM CHARGES SOBRE MARIELLE FRANCO

Autores

  • Eveline Coelho Cardoso Secretaria Municipal de Educação de Teresópolis (RJ)
  • Glayci Kelli Reis da Silva Xavier Universidade Federal Fluminense (UFF)

DOI:

https://doi.org/10.5380/rvx.v15i2.71457

Palavras-chave:

Semiolinguística, Histórias em quadrinhos, Narrativa, Charge, Marielle Franco.

Resumo

Dotados de linguagem autônoma e recheados de recursos multimodais, os textos em quadrinhos superam o senso comum que outrora os considerava um tipo de literatura infantil ou menor e ganham cada vez mais diversidade e importância, potencializados pelas mídias digitais contemporâneas. Esse tipo de arte sequencial (EISNER, 2010) têm caráter essencialmente narrativo, por meio do qual se volta para a construção de um universo de representação das ações humanas, oriundo, por sua vez, de uma tensão entre realidade e idealização (CHARAUDEAU, 2009). Como parte desse universo, a charge desenrola, aos olhos do leitor, pequenas narrativas sobre fatos noticiados na mídia jornalística, quase sempre em um único quadrinho, temperando-as com humor e ironia. Assim, a charge funciona como “porta-voz” da sociedade, interpretando-a (TEIXEIRA, 2005). Na pesquisa que ora se apresenta, descreveremos de que maneira a organização narrativa pode servir ao propósito comunicativo das charges, funcionando como um mecanismo importante na produção de seus efeitos de sentido. O corpus analisado são cinco peças de cartunistas brasileiros que tematizam o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Biografia do Autor

Eveline Coelho Cardoso, Secretaria Municipal de Educação de Teresópolis (RJ)

Doutora em Estudos da Linguagem pela Universidade Federal Fluminense (2018), concluiu o mestrado na mesma instituição (2011) e tem graduação e especialização em Letras pela Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ/FFP). Com experiência em todos os segmentos da Educação Básica pública e em tutoria/coordenação na modalidade EaD (CEDERJ), atualmente, vincula-se à Secretaria de Educação do município de Teresópolis/RJ, atuando como Supervisora Educacional.

Glayci Kelli Reis da Silva Xavier, Universidade Federal Fluminense (UFF)

Doutora em Estudos de Linguagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF), onde também cursou o mestrado em Estudos de Linguagem e a graduação em Letras Português/Inglês. Atualmente, é professora de Língua Portuguesa do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas (GLC) do Instituto de Letras da UFF. Entre 2013 e 2018, foi professora do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) no Colégio Pedro II (40h DE), ministrando aulas de Língua Portuguesa e Literatura. Além disso, foi Professora Supervisora (Orientadora) do Programa de Residência Docente (Especialização Lato Sensu) do CPII. Trabalhou como professora do Ensino Fundamental nas redes municipais de Niterói e Itaboraí e como professora substituta de Língua Portuguesa e Linguística no curso de Letras da UERJ/FFP. Foi tutora presencial e à distância pelo CECIERJ/CEDERJ, atuando como tutora de Língua Portuguesa na graduação EAD em Pedagogia da UERJ e em cursos de Formação Continuada do SEEDUC. Trabalhou na Especialização em Ensino de Leitura e Produção Textual voltada para professores de Língua Portuguesa da Rede Estadual do Rio de Janeiro (SEEDUC), ministrado pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) em parceria com o CECIERJ/CEDERJ. É vice-líder do Grupo de Pesquisa LEPELL/CPII (Laboratório de Estudo de Práticas Educativas em Língua Portuguesa e Literatura) e integrante do Grupo de Pesquisa LeiFEn (Leitura, Fruição e Ensino), ambos certificados pelo Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil/CNPq.

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Publicado

2020-06-25

Como Citar

Cardoso, E. C., & Xavier, G. K. R. da S. (2020). UMA FLOR NASCEU NO RIO! PAPÉIS DOS ACTANTES NA ENCENAÇÃO NARRATIVA EM CHARGES SOBRE MARIELLE FRANCO. Revista X, 15(2), 222–242. https://doi.org/10.5380/rvx.v15i2.71457