POLÍTICA DE ESTÍMULO ÀS PATENTES NO BRASIL: AVANÇANDO NA CONTRAMÃO?

Autores

  • Carolina Bagattolli
  • Renato Peixto Dagnino Departamento de Política Científica e Tecnológica, Instituto de Geociências - Universidade Estadual de Campinas (DPCT/IG/UNICAMP)

DOI:

https://doi.org/10.5380/ret.v9i3.33253

Palavras-chave:

Patentes, Política Científica e Tecnológica, Brasil.

Resumo

A Política Científica e Tecnológica (PCT) brasileira vem sendo reconfigurada nas últimas décadas, sendo a promoção ao patenteamento - tanto o empresarial quando o universitário e de Institutos Públicos de Pesquisa (IPPs) – uma de suas medidas mais enfatizadas. O principal argumento para esse direcionamento é o de que as patentes resolvem, ainda que parcialmente, os problemas de apropriabilidade dos resultados do processo tecnológico pelas empresas, incentivando-as a investirem em Pesquisa & Desenvolvimento (P&D). No caso das universidades e IPPs, o aumento do patenteamento estimularia a empresa a realizar os investimentos subsequentes para a transformação do conhecimento em inovação. Todavia, as evidências disponíveis mostram que embora o depósito de patentes tenha crescido como se esperava a materialização do conhecimento em inovações tecnológicas pelas empresas, que era o resultado buscado pela política, não ocorreu na mesma intensidade. Tampouco se verificou um ganho financeiro para as universidades e IPPs, outro dos resultados buscados. 

Biografia do Autor

Carolina Bagattolli

Economista pela Universidade Regional de Blumenau, mestre e doutora em Política Científica e Tecnológica pela Universidade Estadual de Campinas. Tem-se dedicado à análise da Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, ao estudo da dinâmica inovativa nacional, e ao campo da Tecnologia Social.

Renato Peixto Dagnino, Departamento de Política Científica e Tecnológica, Instituto de Geociências - Universidade Estadual de Campinas (DPCT/IG/UNICAMP)

Professor Titular na Universidade Estadual de Campinas (professor visitante em várias universidades latino-americanas) nas áreas de Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia e de Política Científica e Tecnológica. É engenheiro, estudou Ciências Humanas e Economia no Chile e no Brasil, onde se doutorou. Realizou pós-doutorado na Universidade de Sussex, na Inglaterra. Seus últimos livros são Ciência e Tecnologia no Brasil: o processo decisório e a comunidade de pesquisa; Neutralidade da Ciência e Determinismo Tecnológico; Tecnologia Social: ferramenta para construir outra sociedade; Estudos Sociais da Ciência e Tecnologia e Política de Ciência e Tecnologia: abordagens alternativas para uma nova América Latina; Planejamento Estratégico Governamental; A Pesquisa Universitária na América Latina e a Vinculação Universidade Empresa; e A Indústria de Defesa no Governo Lula.

POLÍTICA DE ESTÍMULO ÀS PATENTES NO BRASIL: AVANÇANDO NA CONTRAMÃO?

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Publicado

2013-09-26

Como Citar

Bagattolli, C., & Dagnino, R. P. (2013). POLÍTICA DE ESTÍMULO ÀS PATENTES NO BRASIL: AVANÇANDO NA CONTRAMÃO?. Revista Economia & Tecnologia, 9(3). https://doi.org/10.5380/ret.v9i3.33253

Edição

Seção

SIMPÓSIO