EXPRESSÃO DE RELIGIOSIDADE POPULAR: OS FESTEJOS EM HONRA A SÃO BENEDITO DE GURUPÁ NO BAIRRO PERPÉTUO SOCORRO, MACAPÁ-AP
DOI:
https://doi.org/10.5380/rt.v11i1.86623Palabras clave:
Religiosidade Popular, Bairro Perpétuo Socorro, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, São Benedito de GurupáResumen
O objeto desta pesquisa é estudar a religiosidade popular específica do bairro Perpétuo Socorro, em Macapá, enfatizando suas crenças, representações, práticas religiosas, bem como, a circularidade entre a cultura das classes dominantes e a cultura das classes subalternas. O que despertou o interesse nessa pesquisa foi o fato de que, apesar de o bairro possuir uma santa oficial da Igreja Católica, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, também há outra devoção igualmente importante, em que ocorre procissão, novena, símbolos e representações, enquadrando-se em ações denominadas de catolicismo popular, isto é, a Festa de São Benedito de Gurupá. Orientados pela ciência etnográfica, combinamos a análise bibliográfica com história oral e nossa vivência nos rituais que participamos. Constatamos que “O Festejo de São Benedito de Gurupá” e “A Festa de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro” divergem entre si e, simultaneamente, combinam-se para construir um objeto comum: a religiosidade popular, que é o tema central deste trabalho. Demonstramos também que as concepções populares de religião e fé se contrapõem às concepções da oficialidade católica e, por vezes, necessitam tolerar-se para a manutenção de seus poderes simbólicos; embora seja um poder invisível, mas de grande importância social.
Citas
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DIAS, A. S. Com o aumento do número de participantes, atualmente muitos devotos de São Benedito já ficam pelo lado de fora da Capela. 2002. (Arquivo Pessoal)
DIAS, A. S. Fiéis entrando na Capela, carregando o andor com a imagem de São Benedito após a procissão. 2002. (Arquivo Pessoal)
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DIAS, A. S. Imagem da capela São Benedito: ao fundo, o padre José Busato, o primeiro sacerdote a celebrar missa nesta capela. 2002. (Arquivo Pessoal)
DIAS, A. S. Na ausência do Bispo e do padre, é a Dona Zuíla quem coordena todos os acontecimentos durante a procissão: cânticos, preces e agradecimentos; uma autêntica mantenedora dos festejos. 2002. (Arquivo Pessoal)
DIAS, A. S. Na mesa, do centro, almoçando com as crianças, o capuchinho Moises, que acompanha as celebrações eucarísticas na capela São Benedito desde o ano de 2001. No entanto, sem a realização de missas. 2002. (Arquivo Pessoal)
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DIAS, A. S. Novenário dirigido por Dona Zuíla. Durante as nove noites de novena (18 a 26 de dezembro de 2002) foi ela que direcionou os eventos na Capela, devido à ausência de Padres. 2002. (Arquivo Pessoal)
DIAS, A. S. Procissão de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro no mês de agosto, onde o Bispo é a presença certa. A quantidade de devotos é bem maior que na procissão de São Benedito. 2002. (Arquivo Pessoal)
DIAS, A. S. Procissão de São Benedito de Gurupá; à frente, crianças com suas vestes brancas. 2002. (Arquivo Pessoal)
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