ESPACIALIDADE MORTUÁRIA: INTERACIONISMO SIMBÓLICO E REPRESENTAÇÕES RELIGIOSAS
DOI:
https://doi.org/10.5380/rt.v1i1.31040Palavras-chave:
Interacionismo simbólico, Cemitério, Religião, representações.Resumo
O Interacionismo Simbólico parte do principio que os indivíduos agem a partir de seus significados, e o que as pessoas atribuem a eles. Pessoas e coisas viram desta maneira, um conjunto cultural, um palco onde se desenvolvem os cenários da interação. Nesse contexto, partimos da leitura sócio-interacionista de Erving Goffman (1985) que analisa o espaço, como um espaço de representações, onde cada indivíduo representa um papel, como se fosse em um teatro. A religião é parte estruturante das representações principalmente no que tange a condição da finitude humana e as interações sociais decorrentes da morte. A espacialidade mortuária se apresenta como palco privilegiado dessas relações. A partir do sentido peculiar das interações decorrentes da morte podemos perceber a própria dinâmica da vida. Cemitérios são lugares de estar-junto muito específico, porque se trata de um lugar de encontro entre a memória dos falecidos e dos vivos. Desenvolve-se, nesses lugares, mais do que em outras situações, todo um jogo de aparências, os mortos são simbolizados em diferentes épocas com diferentes formas e, nesse aspecto o mundo representacional da religião fornece um sentido específico para essa dinâmica. Para verificarmos as interações que ocorrem em cemitérios, analisamos um cemitério localizado na cidade de Curitiba - Paraná, o Cemitério Vertical de Curitiba.
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