EVENTOS DE SECA, VARIABILIDADE ESPACIAL E TEMPORAL DA CHUVA NO PANTANAL BRASILEIRO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/raega.v63i2.99704

Resumo

O Pantanal Brasileiro abriga rica biodiversidade, atuando na regulação do ciclo hidrológico e fornecendo insumos para a economia local. A variação espacial e temporal da precipitação influencia a dinâmica ecológica do bioma, e a seca, agravada pela diminuição das chuvas, impacta os recursos hídricos e a biodiversidade. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é analisar a distribuição espacial e temporal da precipitação pluviométrica e da seca no Pantanal Brasileiro, no período de 1994 a 2023. A variabilidade da precipitação e a incidência de secas hidrológicas no Pantanal foram estimadas usando dados do ERA5-Land de 1994 a 2023, com cobertura global e resolução de 9 km. Os dados são contínuos e livres de lacunas, fornecendo uma série completa global para análise. O índice padronizado de precipitação (SPI) foi empregado para monitorar secas, com valores negativos indicando insuficiência hídrica e positivos, excedente hídrico. Neste estudo foi quantificado o SPI-3 e SPI-12, utilizados para monitorar as secas considerando 3 meses e 12 meses acumulados, proporcionando uma análise sem lacunas espaço-temporais, com observações em curto e longo período. A precipitação anual no Pantanal variou entre menos de 1000 mm e mais de 2500 mm, com maiores acumulados antes dos anos 2000 e uma redução após, especialmente nos últimos cinco anos (2019-2023). O período de 1994 a 2001 teve chuvas uniformes de 1500 a 2500 mm, enquanto anos subsequentes, como 2002 e 2004, tiveram variações maiores. O SPI identificou diferentes períodos de anomalias de precipitação, para o SPI-3, os anos com maiores secas, em quesitos de severidade, intensidade e duração foram 2019, 2020, 2021 e 2023. O SPI-12 revelou períodos alternados de seca e umidade nos últimos 30 anos, com um aumento na frequência de eventos secos nos últimos anos, indicando uma tendência de redução.

Biografia do Autor

Moisés Damasceno Souza, Universidade do Esatado de Mato Grosso

Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal do Acre - Campus Floresta (UFAC). Mestre em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola pela Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Doutorando em Ciências Ambientais Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT). Participa dos grupos de pesquisa Centro de Estudos de Engenharia de Biossistemas na Amazônia (CEBAMS) e O Centro Tecnológico de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto aplicado à produção de Biodiesel (CETEGEO-SR). Atuando nos campos: Variabilidade Climática, Sensoriamento Remoto, Modelagem de Sistemas Agrícolas e Ecológicos, Monitoramento de secas e Menejo de Bacias hidrográficas. Experiência e técnicas avanças nos software: RStudio, Google Earth Engine, Qgis e Sistema de Apoio à Decisão para Transferência de Agrotecnologia (DSSAT).

Rivanildo Dallacort, Universidade do Estado de Mato Grosso

Pesquisador, Bolsista de produtividade CNPq;Professor do Programa de Doutorado em Biotecnologia e Biodiversidade - Rede Pró Centro Oeste; Professor do Mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola - PPGASP;Professor do Mestrado em Biodiversidade e Agroecossistemas Amazônicos - PPGBioAgro;Professor Cusro de Agronomia - UNEMATAtua no INEP/MEC como avaliador de cursos de graduação e de instituições de educação superior;Atuante na área de Engenharia Agrícola, atuando principalmente nos seguintes temas: Agrometeorologia, Recursos Hídricos, Modelagem, Meio Ambiente, Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto.

Dionei José Da Silva, Universidade do Estado de Mato Grosso

Licenciado e Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade Católica de Goiás (1993), mestrado (2000) e doutorado (2005) em Biologia Tropical e Recursos Naturais, com área de concentração em Ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Atualmente é professor Associado da Universidade do Estado de Mato Grosso, atuando no curso de graduação em Ciências Biológicas e Pós-Graduação Stricto Sensu (mestrado e doutorado) em Ciências Ambientais do Campus Universitário Jani Vanini em Cáceres-MT e no curso de Mestrado em Ambiente e Sistemas de Produção Agrícola no Campus Universitário de de Tangará da Serra. Foi também Professor Avaliador (Institucional e de Curso) do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES -INEP) Ministério da Educação; Coordenador do Centro de Pesquisas, Estudos e Desenvolvimento Agro-Ambientais (CPEDA) e do Centro de Pesquisa de Limnologia, Biodiversidade e Etnobiologia do Pantanal (CELBE) da UNEMAT; Foi Vice-Reitor e Reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso. Professor Emérito da Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Ecologia e Conservação, com ênfase em Ecologia Animal, atuando principalmente com ecologia animal, fragmentação de habitat, herpetologia. Atuante em estudos de impacto sócio-ambiental e gestão universitária.

Vanessa Rakel de Moraes Dias, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui doutorado (2017) e mestrado (2011) em Física Ambiental pela Universidade Federal de Mato Grosso, graduação em Química pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná (2004). Atualmente é professora formadora e analista universitária da Universidade do Estado de Mato Grosso, lotada no Centro de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. Tem experiência em Ciências Ambientais, Interação da Biosfera e Atmosfera e Tecnologias Digitais na Educação.

Sandra Mara Alves da Silva Neves, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui licenciatura plena e bacharelado em Geografia pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (1993), mestrado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1999) na área de concentração Planejamento Ambiental, doutorado em Ciências (Geografia) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2006), na área de concentração Gestão e Planejamento Ambiental e projetos de pós-doutorado em Geografia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (2016) e em Ecologia de Paisagem na Universidade Complutense de Madrid (2017). Atualmente é professora adjunta da Universidade do Estado de Mato Grosso - UNEMAT, lotada no Campus Jane Vanini, na cidade de Cáceres/MT e docente permanente nos Programas de pós-graduação stricto sensu em Geografia e Ciências Ambientais da UNEMAT, ambas sediadas em Cáceres/MT. Atua principalmente nos seguintes temas: Geotecnologias aplicadas à detecção de mudanças na cobertura vegetal e uso da terra, Planejamento Ambiental e Paisagem.

Gabriela Custodio Oliveira, Universidade do Estado de Mato Grosso

Possui ensino-medio-segundo-grau pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso(2021). Atualmente é Bolsista de iniciação científica da Universidade do Estado de Mato Grosso. Tem experiência na área de Agronomia. 

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Publicado

2025-08-20

Como Citar

Souza, M. D., Dallacort, R., Silva, D. J. D., Dias, V. R. de M., Neves, S. M. A. da S., & Oliveira, G. C. (2025). EVENTOS DE SECA, VARIABILIDADE ESPACIAL E TEMPORAL DA CHUVA NO PANTANAL BRASILEIRO. Ra’e Ga: O Espaço Geográfico Em Análise, 63(2), 136–154. https://doi.org/10.5380/raega.v63i2.99704