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GRILAGENS DE TERRA E CONFLITOS RURAIS: O LADO PERVERSO DA COLONIZAÇÃO NO PARANÁ

Elpidio Serra

Resumo


Resumo: Grilagem de terras, quer através da falsificação de títulos de propriedade, quer através de outros mecanismos ilícitos, se constituiu em tarefa de fácil execução no Paraná, principalmente na fase da ocupação pioneira, ou seja, até o final da marcha colonizadora, nos anos 1960. No presente trabalho, um objetivo é destacar a facilidade com que os desvios de terras ocorreram, contribuindo para isso a estreita relação dos grileiros com o comando administrativo e com as lideranças políticas do Estado. Outro objetivo é associar as grilagens com os conflitos rurais, envolvendo o extermínio de camponeses, antigos ocupantes das terras griladas. Desvios de terras e conflitos vão caminhar lado a lado com a ocupação planejada do território, e no contexto da história agrária do Paraná, vão marcar o que pode ser chamado de o lado perverso da colonização. Em síntese o trabalho, sustentado em referenciais bibliográficos, em documentos oficiais e em informações extraídas de registros históricos, procura evidenciar o quadro de fraudes e de violência que marcou a ocupação e a apropriação das terras, tendo como recortes históricos o ano da emancipação política (1853) e o período em que se esgota o estoque de terras devolutas (década de 1960).


Palavras-chave


Geografia; colonização; frentes de ocupação; grilagens

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v46i1.55396