PAISAGEM CULTURAL E ESPAÇOS DE REPRESENTAÇÃO DA COLÔNIA ÁGUA BRANCA,MUNICÍPIO DE SÃO MATEUS DO SUL/PR
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v40i0.45164Palavras-chave:
Espaço vivido, Patrimônio Histórico e Cultural, Imigração europeia, Geografia.Resumo
Os estudos sobre a temática da Paisagem Cultural têm sido retomados desde o final da década de 1970, a partir de uma releitura de sua concepção possibilitada pelo desenvolvimento da Geografia Humanista, a Geografia das Representações e o pensamento fenomenológico. Este amadurecimento conceitual foi imprescindível para sua revalorização no campo acadêmico e aplicação nas políticas públicas. Destaca-se nesta pesquisa a associação deste tema ao patrimônio cultural, pelos órgãos internacionais e nacionais, o que proporcionou ainda mais sua popularização, como a UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), que criaram um instrumento de preservação denominado “Paisagem Cultural”. Partindo da tese de que a paisagem cultural deve ter a dimensão do mundo vivido dos seus moradores, propõe-se o desenvolvimento de uma metodologia que evidencie a duplicidade de sentido que a paisagem porta. A proposta está embasada em Henri Lefebvre, na tríade - práticas espaciais/espaços de representação/ representações do espaço e o objeto de estudo para aplicação desta metodologia foi a colônia agrícola Água Branca, situada no município de São Mateus do Sul/ PR. Desta forma, acredita-se que a Paisagem Cultural como espaço vivido converge para a compreensão tanto na perspectiva teórica da Geografia das Representações como na perspectiva aplicada, aos órgãos de preservação histórica e cultural.
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