VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA ÁREA DE OCUPAÇÃO CONTÍNUA DO LITORAL DO PARANÁ – BRASIL

Autores

  • Claudio Jesus de Oliveira Esteves Instituto Paranaense de DesenvolInstituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES)

DOI:

https://doi.org/10.5380/raega.v34i0.39133

Palavras-chave:

inundações, risco, degradação, sistema ambiental urbano

Resumo

No litoral do Paraná configurou-se uma ocupação contínua que envolve quatro municípios: Paranaguá, Matinhos, Pontal do Paraná e Guaratuba. Neste contexto, nos últimos 30 anos, gradualmente foram ocupadas as áreas do Tabuleiro I e II e da Vila Nova (Matinhos), recorte espacial da pesquisa empírica demonstrada neste artigo, onde não ocorreu à instalação de redes de coleta de esgoto resultando, conjuntamente com outros fatores, em degradação ambiental. Também houve a ocupação em áreas de risco ambiental associado às inundações urbanas. Neste trabalho a interação espacial entre o risco e a degradação ambiental é entendida como a dimensão da vulnerabilidade ambiental. Foi traçado como objetivo central analisar a dinâmica populacional e urbana dos Municípios Balneários da Área de Ocupação Contínua do Litoral do Paraná, relacionando a ocupação do Tabuleiro I, Tabuleiro II e da Vila Nova e identificar nestas três localidades situações de vulnerabilidade socioambiental. A análise teórica partiu dos pressupostos da geografia socioambiental. A cidade de Matinhos foi concebida enquanto ambiente urbano do qual derivou um sistema ambiental urbano no qual o Tabuleiro I e II e a Vila Nova foram considerados como parte integrante e integrada. Os dados sobre a frequência de inundações e da cobertura da coleta de esgoto permitiram criar áreas para diferentes categorias de vulnerabilidade ambiental. Os dados socioeconômicos e de habitação avaliados sobre estas áreas comprovaram situações de alta vulnerabilidade socioambiental.

Biografia do Autor

Claudio Jesus de Oliveira Esteves, Instituto Paranaense de DesenvolInstituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES)

Mestre e Doutor em Geografia/UFPR; Geógrafo do Instituto Paranaense de DesenvolInstituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES)

Referências

ALVES, H.P.F. Vulnerabilidade sociambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica das situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais. In.: Revista Brasileira de Estudos Populacionais. São paulo, v. 23, n.1, p. 43-59. 2006.

BRUNET, R. et. al. Les mots de la géographie Dictionnaire critique. In.: Montpellier: GIP Reclus et La Documentation Française, 2. Ed. 520 p.

CHENESSEAU, M., ET AL. Trame verte et opération d’amélioration de l’habitat : deux manières d’aborder la prévention de l’inondation. In.: Les Études Ligériennes. Orleans, França, n. 14, p .57-60, 2007. Número especial do colóquio: "Hier, la crue de 1856. Aujourd’hui et demain, comment se préparer à un événement de cette ampleur ?". 132p.

DESCHAMPS, M.V., KLEINKE, M.P.U. Os fluxos migratórios e as mudanças socioespaciais na Ocupação Contínua Litorânea do Paraná. In.: Revista Paranaense de Desenvolvimento. Curitiba, n.99, p. 45-59. 2000.

EMBRAPA E IAPAR. Mapas de Solos doParaná: Legenda Atualizada. In: Bhering,H. G. S. (ed). Rio de Janeiro: Embrapa Florestas: Embrapa Solos: IAPAR, 2008, 74p.

ENGELS, F. Necessidade e acidente na história –Carta a H. Starkenburg. In: FERNANDES, F. (Org./Tradutor). Marx / Engels. São Paulo: Editora Ática, 1984. 2 Ed. p. 468 –471.

ESTEVES, C.J.O. Vulnerabilidade socioambiental na área de ocupação contínua do litoral do Paraná –Brasil. Curitiba, 2011. Tese de Doutorado(Programa de Pós Graduação em Geografia) Universidade Federal do Paraná. Disponível em <http://www.ipardes.pr.gov.br/biblioteca/docs/Tese_Claudio_2013.pdf>Acesso em 10/07/2014.

GODOY, A.M.G. Reestruturação produtiva r polarização do mercado de trabalho em Paranaguá-Pr. In.: Revista Paranaense de Desenvolvimento. Curitiba, n. 99, p. 5 –25, 2000.

KAZTMANN, R. e FILGUERA, C. Marco Conceptual sobre Activos, Vulnerabilidad y Estructura de Oportunidades. In.: CEPAL: Oficina de Montevideo, 1999. Disponível em < http://www.eclac.org/publicaciones/xml/6/10816/LC-R176.pdf>. Acesso em abril de 2010.

LEFF, E. Sobre a articulação das ciências na relação natureza-sociedade. In____. Epistemologia Ambiental. São Paulo, Ed. Cortez, 2002, 2.ed. p. 21-58.

MARANDOLA, E. J., HOGAN. D. J. As dimensões da vulnerabilidade. In.: São Paulo em Perspectiva. São Paulo: Fundação SEADE, v. 20, n. 1, p. 33-43, jan./mar. 2006

MENDONÇA, F. A. . Geografia socioambiental. In:_____; KOZEL, S. (Orgs.). Elementos de Epistemologia da Geografia Contemporânea. Curitiba: Editora UFPR, 2002. p. 121–144_____. SAU Sistema Ambiental Urbano: uma abordagem dos problemas socioambientais da cidade. In: Impactos Socioambientais Urbanos. Editora UFPR, 2004.

_____. Riscos, vulnerabilidades e resiliência socioambientais urbanas: inovações na analise geográfica. In.: Revista da ANPEGE, v. 7, n. 1, número especial, p. 111-118, out. 2011.

MOURA, R. WERNECK, D.Z. Ocupação Contínua Litorânea do Paraná: uma leitura do espaço. In.: Revista Paranaense de Desenvolvimento. Curitiba, n.99, p. 61-82. 2000.

PARANÁ E MATINHOS. Plano Diretor Participativo e de Desenvolvimento Integrado –PDPDI –Matinhos, Paraná, Brasil: Diagnóstico Municipal: Sócioeconômico, Físico, Territorial –Caderno 1 de 2 (Proposta). Curitiba: 2006.

SACHS, I. Entering the anthropocene :‘Geonauts’ or sorcerer’s apprentices?, Social Science Information sur les sciences sociales (SAGE). v. 50, 2011, p. 462-471. Disponível em <http://dowbor.org/ar/11sachs_social_science_information-2011-sachs-462-71.pdf> Acesso em 27/09/2014.

SAMPAIO, R. Ocupação das orlas das praias paranaenses pelo uso balneário. In: Desenvolvimento e Meio Ambiente, n. 13, p. 169-186, jan./jun. 2006. Curitiba: Editora da UFPR. 2006.

TUCCI, C. E. M. Gestão da drenagem urbana. Brasília, DF: CEPAL. Escritório no Brasil/IPEA, 2012. (Textos para Discussão CEPAL-IPEA, 48). 50p.

THOURET, J.C. e D’ERCOLE, R. Vulnérabilité aux risques naturelles en milieuurbain: effets, facteurs et réponses sociales. In.: Cahiers des Sciences Humaines, Paris,V.32, N. 2, pp. 407-422, 1996. ISSN: 0768-9829

UFSC. Gestão de riscos de desastres/ texto Janaina Rocha Furtado. -Florianópolis: CEPED UFSC, 2012. 14 p. : il. color. ; 21 cm.

VANHONI, F. Fachada Atlântica Sul Do Brasil: Dinâmica e Tendências Climáticas Regionais no Contexto das Mudanças Globais. Curitiba, 2009. Dissertação de Mestrado(Programa de Pós-Graduação em Geografia). Universidade Federal do Paraná.

VEYRET, Y. e REGHEZZA, M. Vulnérabilité et risques L’approche récente de la vulnérabilité. In:Responsabilité & Environnement, N° 43, p. 9-14, julho.2006.Paris: Ed. Annales de Mines. Disponível em< http://www.annales.com/re/2006/re43/Veyret.pdf> Acesso em julho de 2014.

Publicado

2015-09-23

Como Citar

Esteves, C. J. de O. (2015). VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL NA ÁREA DE OCUPAÇÃO CONTÍNUA DO LITORAL DO PARANÁ – BRASIL. RAEGA - O Espaço Geográfico Em Análise, 34, 214–245. https://doi.org/10.5380/raega.v34i0.39133

Edição

Seção

Artigos