ANÁLISE DIRECIONAL DA EXPANSÃO URBANA DE CIDADES DE PORTE MÉDIO: Uma aplicação da dimensão fractal
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v33i0.36958Palavras-chave:
análise espacial, forma urbana, uso da terra, cartografia.Resumo
A irregularidade das áreas urbanas traz a necessidade de novas formas de análise que considerem a morfologia urbana e não somente sua área ocupada. O objetivo deste trabalho foi identificar e caracterizar a forma de cidades de porte médio, utilizando a estimativa da dimensão fractal (D) pela densidade de ocupação a partir da análise setorial das formas urbanas em quatro datas de análise: 1938, 1985, 1995 e 2005. Adicionalmente, foram considerados os aspectos de topografia e as características de uso e ocupação do solo na borda urbana, os quais foram relacionados aos valores calculados de D. Para este estudo foram selecionadas as cidades de São José do Rio Preto e o aglomerado urbano de Jundiaí-Várzea Paulista, ambas no estado de São Paulo. As áreas urbanas foram identificadas por meio de mapas históricos e imagens do satélite LANDSAT TM 5. Círculos concêntricos com intervalos de 500m, posteriormente divididos em setores direcionais de 45o, foram sobrepostos às áreas urbanas, o que possibilitou a obtenção dos valores de D, considerando o afastamento em relação ao centro urbano. As assinaturas fractais mostraram o maior preenchimento urbano na área central de cada cidade e fragmentação em direção às bordas. Os valores de D para os setores direcionais apontaram a maior fragmentação urbana do aglomerado Jundiaí-Várzea Paulista, em vista de sua forma urbana alongada, da influência do sistema viário e da presença de impedâncias espaciais representadas por suas características topográficas e de sítio urbano.
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