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JOGOS PAISAGÍSTICOS: MAPAS E ATLAS COMO CONCEITOS OPERATIVOS

Frederico Canuto

Resumo


O presente artigo coloca em discussão a produção de paisagens como prática que pode envolver diferentes agentes e percepções, não sendo estreitamente vinculado a um único olhar dito objetivo. A partir de tal discussão, mapas e atlas, instrumentos cartográficos por demais usuais, são aqui transformados em conceitos para se pensar a paisagem e sua produção na contemporaneidade levando em conta diferentes recortes epistemológicos, pontos de vista, agentes e sujeitos. Usando o conceito de espasmos advindo da critica do filósofo francês Gilles Deleuze a respeito das pinturas Francis Bacon, tais operadores serão discutidos como espaços autônomos de produção de paisagens a despeito de qualquer imagem exterior existente a priori. Serão usadas duas obras que, por sua vez, apontarão para a definição destes mesmos operadores: o trabalho artístico participativo Alter Bahnhof Vídeo Walk dos artistas Janet Cardiff e George Miller apresentado na DOCUMENTA XIII de Kassel em 2012 e o site interativo We feel Fine. An Exploration of Human Emotion, in Six Movements feito pelos designers Jonathan Harris e Sep Kamvar. E na conclusão, pretende-se discutir o mapa e atlas não como instrumentos de leitura de um real, mas eles mesmos como um real narrativo.

Palavras-chave


Paisagem; espasmos; cartografia; narrativas.

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ARTIGO AUTORIZAÇÃO

Referências


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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/raega.v30i0.36091