TERRITORIAL AND TEMPORAL DYNAMICS OF TANGERINE (CITRUS RETICULATA) PRODUCTION IN BRAZIL BETWEEN 1970 AND 2020
DOI:
https://doi.org/10.5380/raega.v64i1.101816Resumo
The geographical distribution of tangerine (Citrus reticulata) plantations in Brazil underwent significant changes between 1970 and 2020, reflecting territorialization, deterritorialization, and reterritorialization. This study analyzes the spatial dynamics of tangerine cultivation in Brazil based on data from the Municipal Agricultural Production survey (PAM/IBGE), using a quali-quantitative approach that focuses on planted area and production volume, and applies decadal averages for each municipality, associated with the construction of thematic maps and the comparison of historical series, which made it possible to identify patterns of continuity and disruption in production and to map the shifts of the main production areas over the decades. The research identified the initial consolidation of citriculture in the state of São Paulo, followed by a decline due to diseases such as greening, and the emergence of new production centers in Minas Gerais, Paraná, and Rio Grande do Sul. The spatial analysis revealed that tangerine production shifts according to environmental, phytosanitary, and economic factors, affecting the permanence of orchards in certain territories. It is observed that production concentration in some regions fosters agricultural specialization but also amplifies sanitary vulnerabilities inherent to the activity. The study concludes that tangerine citriculture in Brazil is marked by a constant cycle of territorial reorganizations, driven both by phytosanitary challenges and by productive strategies aimed at competitiveness and adaptation to new sectoral conditions.
Referências
ALVES, F. D. Da diversidade agrícola à commoditização do território: os efeitos do agronegócio na região Imediata de Alfenas - Minas Gerais. Boletim Alfenense de Geografia, v.1 n.2, 2021, p.129-150. https://doi.org/10.29327/243949.1.2-10.
ALVES, F. D. Territorialização dos assentamentos rurais: da conquista da terra à construção de uma identidade. Revista NERA. v.48, n.22, 2019. p.98-113. https://doi.org/10.47946/rnera.v0i48.6367
CARVALHO, S. A. et al. Advances in citrus propagation in Brazil. Revista Brasileira de Fruticultura, v.41, n.6, e–422, 2019. https://doi.org/10.1590/0100-29452019422.
CERVANTES SANTOS et al. Huanglongbing as a Persistent Threat to Citriculture in Latin America. Biology, Basel, v. 14, n. 4, art. 335, 2025. Disponível em: https://doi.org/10.3390/biology14040335. Acesso em: 03 set. 2025.
DIAS, D. A.; ALVES, F. D. O cultivo de tangerina em campanha-mg: conflitos, desafios e transformação socioespacial. Anais do XV ENANPEGE. Campina Grande, Realize Editora, 2023.
DONADIO, L. C.; MOURÃO FILHO, F. A. A.; MOREIRA, C. S. Centros de origem, distribuição geográfica das plantas cítricas e histórico da citricultura no Brasil. In: MATTOS JUNIOR, D. de et al (eds.). Citros. Campinas: Instituto Agronômico e Fundag, 2005. p. 3-15.
FAO – ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A ALIMENTAÇÃO E AGRICULTURA. FAOSTAT: Statistical Database. Roma: FAO, 2023. Disponível em: https://www.fao.org/faostat/. Acesso em: 04 de fev. 2025.
GRAVENA, S. História do controle de pragas na citricultura brasileira. Citrus Research & Technology, Cordeirópolis, v.32, n.2, p.85-92, 2011. https://www.citrusrt.ccsm.br/journal/citrusrt/article/5964e70d0e88250c33082b38.
HAESBAERT, R. Del mito de la desterritorialización a la multiterritorialidad. Cultura y representaciones sociales. Ciudad de México. v.8 n.15, 2013. https://www.scielo.org.mx/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2007-81102013000200001.
HAESBAERT, R.; BRUCE, G. A desterritorialização na obra de Deleuze e Guattari. Geographia. v.4, n.7, 2002 p.7-22. https://doi.org/10.22409/GEOgraphia2002.v4i7.a13419.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Produção Agrícola Municipal: Culturas Temporárias e Permanentes. Rio de Janeiro: IBGE, 2023. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/pam/tabelas. Acesso em: 4 mar. 2025.
KOLLER, O. C.; SCHAFER, G. Origem da cultura da tangerineira, importância no mundo e no Brasil. In: KOLLER, O. C. (Org.). Citricultura: cultura de tangerineiras: tecnologia de produção, pós-colheita e industrialização. 1. ed. Porto Alegre: Editora Rígel, 2009. v. 1, p. 13-24.
LEITE JÚNIOR, R. P. et al. Citricultura no Vale do Ribeira paranaense: riscos e oportunidades. Informe técnico, n. 1, Londrina, PR: Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR Paraná), out. 2022. 32 f. Disponível em: https://www.idrparana.pr.gov.br/system/files/publico/pesquisa/publicacoes/it/001/it01-citricultura-livro.pdf. Acesso em: 03 mar. 2025.
LIU, Y.; HEYING, E.; TANUMIHARDJO, S. A. History, Global Distribution, and NutritionalImportance of Citrus Fruits. Comprehensive Reviews in Food Science and Food Safety v. 11, 2012. https://doi.org/10.1111/j.1541-4337.2012.00201.x.
MACHADO, R. Exploring the Genetic Networks of HLB Tolerance in Citrus: Insights Across Species and Tissues. Plants, Basel, v. 14, n. 12, art. 1792, 2025. Disponível em: https://doi.org/10.3390/plants14121792. Acesso em: 03 set. 2025.
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Secretaria de Política Agrícola. Departamento de Gestão de Risco Rural. Portaria nº 345, de 29 de agosto de 2011. Aprova o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para a cultura de citros no Estado do Paraná. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, n. 167, p. 3, 31 ago. 2011.
NASCIMENTO, F. M. Expansion of citrus crops in Botucatu - SP, obtained by aerial photography. Applied Research & Agrotechnology. v.3, n.2,2010, p.91-98. https://doi.org/10.5777/paet.v3i2.1007.
NEVES, M. F.; TROMBIN, V. G.; MILAN, P.; LOPES, F. F.; CRESSONI, F.; KALAKI, R. O retrato da citricultura brasileira. Ribeirão Preto: Markestrat, 2010. Disponível em: https://citrusbr.com/wp-content/uploads/2020/10/Retrato_Citricultura_Brasileira_MarcosFava.pdf. Acesso em: 4 mar. 2025.
NEVES, M. F. et al. O retrato da citricultura brasileira. Ribeirão Preto: Markestrat, 2010. Disponível em: https://citrusbr.com/wp-content/uploads/2020/10/Retrato_Citricultura_Brasileira_MarcosFava.pdf. Acesso em: 4 mar. 2025.
NEVES, M. F. et al. Mudanças geográficas na citricultura paulista: análise e perspectivas. Agroanalysis, São Paulo, v. 27, n. 7, p. 12-16, jul. 2007.
PAULILLO, L. F. Rede de relações e poder de negociação: uma análise do caso da citricultura brasileira. Gestão & Produção, v. 8, n. 3, p. 250-270, 2001.
PAGLIUCA et al. Sustentabilidade da citricultura: desafios e custos crescentes. Hortifruti Brasil, Piracicaba, v. 10, n. 5, p. 10-21, maio 2012.
PANZENHAGEN, N. V. et al. Aspectos técnico-ambientais da produção orgânica na região citrícola do Vale do Rio Caí, RS. Ciência Rural, Santa Maria, v. 38, n. 1, p. 90-95, jan.-fev. 2008.
SEVERO, L. S.; PEDROZO, E. Á. A citricultura orgânica na região do Vale do Caí (RS): racionalidade substantiva ou instrumental. RAM. Revista De Administração Mackenzie, v.9, n.2, 2008. p.58–81. https://doi.org/10.1590/S1678-69712008000200004.
SEVERO, L. S.; PEDROZO, E. Á. O agronegócio da citricultura orgânica e não-orgânica na região do Vale do Caí, RS. Estudos Sociedade e Agricultura, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, 2007. p. 340-367. https://revistaesa.com/ojs/index.php/esa/article/view/292.
SHARMA, P. et al. Valorization of citrus peel waste for the sustainable production of value-added products. Bioresource Technology. v.351, 2022, 127064. https://doi.org/10.1016/j.biortech.2022.127064
VASCONCELOS, C. A. Modernização x agricultura familiar: dialética contraditória na citricultura sergipana no nordeste do Brasil. ACTA Geográfica, Boa Vista, v.9, n.20, set./dez. de 2015. pp.37-50. https://revista.ufrr.br/index.php/actageo/article/view/2757/1826.
ZARAGOZA, S. A. La citricultura latinoamericana durante el siglo XIX. Levante Agrícola, Valencia, v. 22, n. 2, 2016. p. 135-142.
ZULIAN, A.; DORR, A. C.; SIDALI, K. L. Agronegócio cooperativo: o caso de uma cooperativa de citros do Rio Grande do Sul. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental - REGET, Santa Maria, v. 18, n. 2, p. 753-768, maio-ago. 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.5902/2236117013402. Acesso em: 4 mar. 2025.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Declaro que o ARTIGO submetido é INÉDITO, ORIGINAL e de MINHA RESPONSABILIDADE. Declaro que o artigo não foi submetido ou está em avaliação em outra revista/periódico.
Estou ciente dos itens presentes na LEI Nº 9.610/98 (DIREITOS AUTORAIS) e me responsabilizo por quaisquer problemas relacionados a PLÁGIO.
Estou ciente de que o artigo submetido poderá ser removido da Revista, caso se observe A QUALQUER TEMPO que ele se encontra publicado integralmente ou em parte em outro PERIÓDICO científico.
Declaro, COMO PRIMEIRO AUTOR, que os demais autores do trabalho estão cientes desta submissão e de que NÃO receberão qualquer tipo de remuneração pela divulgação do trabalho.
Como primeiro autor, autorizo, de antemão, a RA’E GA - O Espaço Geográfico em Análise(ISSN 2177-2738), a publicar o artigo, caso aceito.
