O conceito de unidade mínima de análise como eixo articulador do método marxiano e da psicologia concreta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5380/riep.v24i3.72788

Palavras-chave:

método marxiano, unidade de análise, psicologia concreta, Vigotski

Resumo

O presente trabalho elege o estudo do conceito de unidade mínima de análise no intuito de demonstrar os meios pelos quais os pressupostos metodológicos marxianos se realizam na investigação do psiquismo humano por Vigotski, que buscava lançar os fundamentos de uma psicologia concreta. A seleção desse conceito justifica-se pelo fato de este sintetizar o movimento dialético de ascensão do abstrato ao concreto multideterminado, o qual rege a revelação das leis gerais que submetem o desenvolvimento categorial dos fenômenos e desvenda as dissimulações da aparência fenomênica. Demonstrou-se que, da mesma forma que Marx anuncia a mercadoria como unidade mínima de análise da sociedade capitalista, Vigotski adota o signo como categoria fundamental que contém o psiquismo humano em sua totalidade, como síntese de determinações singulares e universais, individuais e sociais, biológicas e culturais, históricas e sociais, de significados e sentidos. Conclui-se que, em consonância com os fundamentos do materialismo histórico-dialético, a psicologia concreta deve buscar na unidade mínima de análise a superação das dicotomias lógico-formais e a especificidade do psiquismo humano, que tem na ação consciente o potencial para construir, sobre as cinzas das inversões burguesas, o devir de uma sociedade sem classes que tenha a humanidade como centro do processo produtivo.

Biografia do Autor

Larissa Figueiredo Salmen Seixlack Bulhões, Universidade Federal de Lavras

Departamento de Educação

Márcio Magalhães da Silva, Universidade Federal de Lavras

Departamento de Educação

Downloads

Publicado

23-12-2020

Como Citar

Bulhões, L. F. S. S., & da Silva, M. M. (2020). O conceito de unidade mínima de análise como eixo articulador do método marxiano e da psicologia concreta. Interação Em Psicologia, 24(3). https://doi.org/10.5380/riep.v24i3.72788

Edição

Seção

Seção especial