A Clínica Social em Situações Extremas: O Trauma na Dimensão Coletiva
DOI:
https://doi.org/10.5380/psi.v15i0.25372Palabras clave:
trauma psíquico, realidade psíquica, psicopatologia, clínica social, clínica psicanalíticaResumen
Este artigo tem o objetivo de descrever o traumático na clínica enquanto realidade psíquica e psicopatológica, suas dimensões subjetiva e social. A realidade psíquica de um sujeito enquanto a soma de traços deixados por suas experiências relacionais, que nos dirá sobre as consequências patológicas ou não de um acontecimento potencialmente traumático: uma ruptura violenta na marcha dos eventos cotidianos e sociais. A compreensão psicanalítica do traumatismo lança luz sobre o fato de que ele não é constituído unicamente do choque provocado pelo agente exterior, mas tanto quanto pelas possibilidades de reação da pessoa que o suporta. Esse é o fundamento do tratamento psicoterápico do traumatismo. Estas aproximações de uma clínica em situações extremas partem do pressuposto de que não há uma natureza única do trauma nem das defesas mobilizadas em seu enfrentamento. O enfoque clínico do social nos mostra a importância da plasticidade cultural quando se participa com as equipes de intervenções locais e no desenho das estratégias a serem implementadas. A clínica do sujeito nos revela que mesmo que o psiquismo estenda os meios de proteção e de autoproteção para se preservar dos traumas, sua reorganização tem um custo psíquico que pode tanto favorecer quanto impedir o trabalho terapêutico.
Palavras-chave: trauma psíquico; realidade psíquica; psicopatologia; clínica social; clínica psicanalítica.
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