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Desafios no/do Percurso Metodológico de Mulheres Pesquisadoras: Reflexões Subversivas da Ideia de uma Ciência Neutra

Eneida Santiago

Resumo


Este artigo problematiza especificidades da pesquisa científica realizada por mulheres. Em aproximações etnográficas, discutimos a noção de gênero e recolhemos perspectivas metodológicas que denunciam a neutralidade científica como engodo reforçador de uma ciência que privilegia o masculino. Posteriormente, olhamos os desafios de ser pesquisadora em contextos atravessados por discursos masculinos, tais como o contexto prisional, cenário ilustrativo e fomentador de nossos questionamentos, que são colocados em diálogos com a literatura que traz situações em que o desafio da pesquisa ampliou-se ou transformou-se por ser uma pesquisadora em campo e não um pesquisador. Na sequência, no âmbito da produção de conhecimento, colocamos em destaque como questões de gênero podem atravessar relações e processos acadêmicos. Por fim, assumimos como principal consideração deste texto a questão “se não existe uma vida sem gênero, por que deveria haver uma ciência sem gênero?”, tornando-se evidente a necessidade de ampliarmos e fortalecermos os fundamentos epistemológicos, metodológicos e acadêmicos que promovam a subversão da ideia de uma pesquisa neutra.

Palavras-chave


metodologia; gênero; trabalho de campo; metodologia feminina; etnografia.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/psi.v24i2.68098