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QUEM TEM MEDO DE PAULO FREIRE?: REFLEXÕES SOBRE A LEI DA MORDAÇA

Marcel Jardim Amaral, Vilmar Alves Pereira

Resumo


Sabe-se que o Brasil vem passado por acúmulos signifi cativos de retrocessos, visto o desmonte da democracia com o autoritarismo do Estado. Lutar para a preservação de variadas conquistas já herdadas, requer sujeitos críticos e politizados capazes de compreender a atual conjuntura do país. A suposta “escola sem partido” através do conservadorismo, alastrou-se de tal forma, de que fazer críticas ao sistema capitalista e denunciar a opressão, tornou-se “doutrinação ideológica”. Neste artigo, busca-se refl etir o efeito do desmonte a educação, inclusive dos ataques constantes a Paulo Freire, com a tentativa de desprofi ssionalização dos professores e a alienação dos educandos através da lei da mordaça. Após a refl exão deste estudo concluiu-se que os (as) educadores (as) não podem ser impedidos (as) de apresentarem sua visão de mundo, até por que expõem aos educandos outras referências, não se limitando as suas percepções construídas. Os (as) educandos (as) não são sujeitos incapazes de formar juízo sobre suas experiências no mundo e se adotado o modelo de escola sem partido corre-se o triste risco de transformar um espaço democrático de partilha dos conhecimentos em um tribunal pedagógico. Este artigo é originário de uma pesquisa teórica – bibliográfi ca, visto que em sua metodologia foram realizados levantamentos de referenciais teóricos e de artigos publicados em periódicos.

Palavras-chave


Paulo Freire, Educação, Escola sem partido.

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/nesef.v10i2.83204