GNOSIOLOGIA, EPISTEMOLOGIA E TEORIA DA AÇÃO DIALÓGICA EM PAULO FREIRE
DOI:
https://doi.org/10.5380/nesef.v10i2.83202Palavras-chave:
Teoria da Ação Dialógica, Comunicação, Práxis, Libertação.Resumo
A abordagem gnosiológica e epistemológica de Paulo Freire inaugurou uma ruptura teórico-prática em relação à produção e comunicação do conhecimento, perceptível em sua Teoria da Ação Dialógica, que alimentou uma revolução científi ca no campo das ciências humanas na América Latina a partir dos anos 60 do século passado – revolução essa que deu origem a um novo paradigma que podemos denominar como Paradigma da Libertação. Neste artigo analisaremos aspectos da gnosiologia e epistemologia presentes na Teoria da Ação Dialógica e suas diferenças com a abordagem de Eduardo Nicol em Os Princípios da Ciência. Desenvolveremos o tema considerando obras de 1965 a 1970, abordando alguns de seus aspectos centrais. Em síntese, dado que a linguagem medeia o pensamento e a comunicação, que ela é produzida, aprendida e recriada dialogicamente no seio de diferentes comunidades e que necessitamos do pensamento para nos libertar, tem-se por consequência que toda libertação dos seres humanos supõe necessariamente uma razão dialógica e um âmbito comunal, sem o qual nenhuma linguagem humana poderia existir e nenhuma ação libertadora humana poderia ser realizada.
