A relação congruente de educação filosófica, autonomia e tecnologias.
DOI:
https://doi.org/10.5380/nesef.v6i1.59521Palavras-chave:
Educação filosófica, Autonomia, Tecnologia.Resumo
O presente artigo tem por objetivo refletir acerca das perspectivas
educacionais pautadas na educação filosófica, contemplando aspectos do
desenvolvimento do conceito de tecnologia oriundo da techné com vistas à autonomia. Para tanto, foi necessário imergir em fontes que se constituíssem como subsídios para a compreensão do que vem a ser a educação filosófica, remontando a pensadores clássicos, como os gregos Platão (A República) e Aristóteles (Metafísica; Ética a Nicômaco); filósofos modernos como Kant (Sobre a Pedagogia) (2004), Rousseau (Emílio ou da Educação) (2004) apoiados nos dicionários de Filosofia de Mora (1978) e de Abbagnano (2007). Uma educação fundamentada contribui para o aprimoramento de uma sociedade e ambas se transformam mutuamente, como reafirmam os autores Chatelet (Uma história da razão) (1994), Jaeger (Paideia, 1995) e Santos (Ágora Digital, 2013). A escoberta dos fundamentos que nos levaram a compreender que a formação
do sujeito, enquanto atividade educativa, já presentes nos primórdios da filosofia, indica alguma vinculação entre autonomia e inovações tecnológicas. Pode-se considerar que as tecnologias digitais são hoje, resultado de séculos de desenvolvimento e inovações filosóficas, e que junto às transformações do humano, devem ser contempladas em ambientes de construção de conhecimento.