A filosofia no ensino médio à luz da perspectiva socrática da reflexão e do questionamento.

Autores

  • Maurilio Gadelha Gadelha Aires IFRN - Instituto Federal do Rio Grande do Norte.

DOI:

https://doi.org/10.5380/nesef.v6i1.59519

Palavras-chave:

método reflexivo, ensino de Filosofia, diálogo e ética.

Resumo

Sócrates pode ser considerado como um dos primeiros filósofos a
estabelecer um método de ensino da Filosofia, baseado no questionamento e na
problematização, aspectos tão caros a uma postura reflexiva diante da realidade. A Filosofia no modelo socrático, a ser ensinada, pode ser vista como um compromisso de pensar os aspectos da vida cotidiana de maneira crítica, criativa e comprometida. Nesse sentido, o caminho a ser percorrido se pauta no perguntar e no perguntar-se. Sócrates, que havia tomado como norte a máxima de que ―[...] a vida sem exame não é vida digna de um ser humano‖, tinha como caminho a busca do saber através do processo reflexivo. Somente se interrogando e interrogando as coisas e aos outros é que se poderia distanciar-se de meras opiniões sem fundamento seguro, pautadas tão somente numa espécie de comodidade que o pensamento cotidiano mostra por já estar pensado. O presente trabalho pretende lançar um olhar sobre o patrono da Filosofia, sobretudo no que diz respeito a sua inserção na História da Filosofia, como divisor de águas entre o período cosmológico e o antropológico, arguindo em favor dessa mudança como positiva para uma educação reflexiva, tão cara aos dias atuais. Nesse sentido, trata-se muito mais de uma defesa do método reflexivo no ensino de Filosofia, do que propriamente uma apologia de Sócrates. Outrossim, procurar-se-á ressaltar a importância em se construir um ambiente ético que favoreça o debate aberto e sincero acerca das questões que naturalmente surgem ao se colocar em ação o método socrático.

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Publicado

2018-05-22

Como Citar

Gadelha Aires, M. G. (2018). A filosofia no ensino médio à luz da perspectiva socrática da reflexão e do questionamento. Revista Do NESEF, 6(1). https://doi.org/10.5380/nesef.v6i1.59519