NILO PROCÓPIO PEÇANHA E PAULO ILDEFONSO D’ ASSUMPÇÃO
CAMINHOS ENTRELAÇADOS EM PROL DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL (1890-1922)
Resumo
O artigo delineia aspectos do percurso político e educacional de dois homens negros: Nilo Procópio Peçanha (1867-1924) e Paulo Ildefonso D’Assumpção (1869-1928), em âmbito nacional e local, respectivamente; tensiona sobre o papel da educação profissional, primária e gratuita na formação do cidadão republicano com a implantação as Escolas de Aprendizes e Artífices (EAAs) em rede federal (Carvalho, 2018; Carvalho, 2017); apresenta aspectos da unidade implantada no Paraná, e mostra como estava se estruturando o ensino primário em Curitiba. Utilizou-se fontes documentais e iconográficas, em especial, fotografias. A fotografia em seu uso documental e histórico permite refletir que os arquivos são uma forma de tecnologia, como menciona Azoulay (2024). A pesquisa adota uma abordagem historiográfica em interlocução com autores(as) que tratam sobre a história da Universidade Federal Tecnológica do Paraná (UTFPR) em sua fase inicial (Queluz, 2010), (Leite, 2010). Assim como, utiliza as categorias raça e classe em diálogo com Moura (2024), que examina a a sociedade escravista no Brasil, e Pereira (2021) que contextualiza o sistema no âmbito do Paraná. O artigo foi organizado em seis partes, problematizando: Qual a efetividade da educação profissional e primária nas primeiras décadas do século XX na esteira do término do escravismo em Curitiba? Sobre a eficiência da EAAPR, ela foi tanto negativa quanto positiva; pois, o foco não era a educação em si, mas a empregabilidade rápida dos aprendizes no mercado de trabalho. O aprendizado de um ofício os tornaria “meninos úteis” a nação, livres do vício e da mendicância.
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