“PRECONCEITO RACIAL DE MARCA E PRECONCEITO RACIAL DE ORIGEM”

TENSIONANDO O TEXTO CLÁSSICO DE ORACY NOGUEIRA A PARTIR DE TEORIAS CONTEMPORÂNEAS

Autores

Resumo

om a intenção de tensionar os limites do clássico texto “Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil”, de Oracy Nogueira, publicado em 1955, foram mobilizadas as teorias sociais contemporâneas de Elias, Goffman e Butler. Partindo das ideias de configuração racial, interação x preconceito e performance da raça, a tipologia proposta por Nogueira há 60 anos é pareada aos métodos e conceitos destes autores, em caráter exploratório, para descortinar agendas de pesquisa dentro do campo de estudos. O exercício, acredita-se, está alinhado às intenções do autor, “de chegar a uma síntese satisfatória da situação racial brasileira”. Os problemas postos orientam-se neste sentido.

 

 

Biografia do Autor

MARCO AURELIO BARBOSA, Núcleo de Estudos Paranaenses - Universidade Federal do Paraná - UFPR,http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/3778469090491689

Possui Graduação em Estudos Sociais - Licenciatura Plena História - Faculdades Integradas Espírita (2004), Bacharelado e Licenciatura em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Paraná (2014), Especialização em Educação das Relações Étnico-Raciais, pela Universidade Federal do Paraná (2015), Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Paraná (2018), Doutorando em Sociologia pelo Programa de Pós-Graduação Mestrado e Doutorado da UFPR, membro do Núcleo de Estudos Paranaense (NEP-UFPR), associado da Associação Brasileira de Pesquisadores Negros - ABPN. Atualmente é Professor do Quadro Próprio (QPM) do Governo do Estado do Paraná.

Claudia Rejane Schavarinski Almeida Santos, Grupo de Pesquisa em Sociologia da Saúde da Universidade Federal do Paraná,http://dgp.cnpq.br/dgp/espelhogrupo/9835905089285533

Graduada em Licenciatura em História pela Universidade Estadual do Centro-Oeste e especialização em Supervisão Escolar pela mesma instituição. Mestre em Sociologia (UFPR) e Doutora em Sociologia (UFPR). Integrante dos Grupos de Pesquisa: Sociologia da Saúde – UFPR/CNPq Membro do Grupo de Pesquisa em Sociologia da Saúde da Universidade Federal do Paraná (UFPR e integrante da RedISS – Red Internacional de Sociologia de las Sensibilidades.

José Lázaro Ferreira Barros Júnior, Universidade Federal do Paraná

Graduado em Comunicação Social – Jornalismo (UFPR), Mestrado em Sociologia (UFPR) e Doutor em Sociologia (UFPR).

Referências

BYRNE, Bridget. Troubling race. Using Judith Butler's work to think about racialised bodies and selves. In: Queering Development Seminar Series, 2000, Brighton. Disponível em: http://www.ids.ac.uk/files/dmfile/byrne.pdf. Acesso em: 20. fev. 2017

BYRNE, Bridget. White Lives: The interplay of “race”, class and gender in everyday life. London: Routledege, 2006. 200 págs.

BUTLER, Judith. O parentesco é sempre tido como heterossexual?. Cadernos Pagu, n. 23, p. 219-260, 2003.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subersão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015. 287 págs.

CORCUFF, Philippe. As novas sociologias, construções da realidade social. Bauru: Edusc, 2001. 206 págs.

ELIAS, Norbert. A sociedade dos indivíduos. Tradução de Vera Ribeiro. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Ed., 1994.

BUTLER, Judith. Introdução à sociologia. Lisboa: Edições 70, 1970.

BUTLER, Judith. O processo civilizador: uma história dos costumes. Tradução de Ruy Jurgman. 2 ed., Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1994.

FRASSON, Antonio Carlos. A Configuração "Sociedade": numa ótica de Norbert Elias. In IV Simpósio Internacional Processo Civilizador, 2001, Assis – SP. História, Educação e Cultura. Assis, SP: UNESP, 2001. V 1, pág. 107/202

GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada. 4. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1988.

GOFFMAN, Erving. A representação do eu na vida cotidiana. Petrópolis: Editora Vozes, 2014.

Entenda o que são gatilhos mentais. Instituto Córtex. Disponível em: https://tinyurl.com/2b9ag6ud. Acesso em: 8 abr. 2025.

LIMA, Márcia. O legado de Oracy Nogueira ao estudo das relações raciais. Tempo social, São Paulo, v. 19, n. 1, p. 283-285, nov. 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0103-20702007000100014&lng=en&nrm=isso . Acesso em: 16 fev. 2017.

KIMMEL, Michael. Angry white men: American masculinity at the end of an era. Stony Brook University State University of New York, US, 2019.

NOGUEIRA, Oracy. Preconceito racial de marca e preconceito racial de origem: sugestão de um quadro de referência para a interpretação do material sobre relações raciais no Brasil. Tempo Social, v. 19, n. 1, p. 287-308, nov. 2006.

RODRIGUES, Carla. Performance, gênero, linguagem e alteridade: J. Butler leitora de J. Derrida. Sexualidad, Salud y Sociedade, n. 10, p. 140-164, abr. 2012.

ALMEIDA, Sílvio Luiz de. Racismo estrutural. São Paulo: Pólen, 2019

WILLIAMS, James. Pós-estruturalismo. Petrópolis: Editora Vozes, 2013.

Downloads

Publicado

2025-06-25

Como Citar

BARBOSA, M. A., Santos, C. R. S. A., & Barros Júnior, J. L. F. (2025). “PRECONCEITO RACIAL DE MARCA E PRECONCEITO RACIAL DE ORIGEM” : TENSIONANDO O TEXTO CLÁSSICO DE ORACY NOGUEIRA A PARTIR DE TEORIAS CONTEMPORÂNEAS . Revista NEP - Núcleo De Estudos Paranaenses Da UFPR, 11(1), 127–147. Recuperado de https://revistas.ufpr.br/nep/article/view/99340