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O SUCESSO DA INTERVENTORIA DE MANOEL RIBAS NO PARANÁ FRENTE À INSTABILIDADE DA POLÍTICA NO PERÍODO PÓS-REVOLUÇÃO DE 1930

Natália Cristina Granato, Ricardo Costa de Oliveira

Resumo


Este artigo pretende investigar os fatores que explicam o sucesso de Manoel Ribas frente à interventoria do Paraná no período pós-Revolução de 1930, em um contexto marcado pela instabilidade política e por constantes trocas de interventores nos estados. A despeito disso, Ribas permaneceu à frente do poder executivo paranaense por 13 anos consecutivos (de 1932 a 1945), estabilidade alcançada por governadores de outros dois estados: Goiás e Espírito Santo. Pretendemos analisar as principais características do governo Ribas que possibilitaram a sua continuidade no cargo. Para isso, nos deteremos à análise do primeiro ano de sua administração, identificando quais foram as estratégias políticas adotadas pelo interventor federal para manter-se no cargo. Compararemos o seu perfil com a interventoria de Mário Tourinho, seu antecessor deposto, que governou o Paraná por um período curto de tempo, entre o outubro de 1930 e dezembro de 1931.

Palavras-chave


Revolução de 1930. Paraná. Manoel Ribas.

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O DIA. O governo de amanhã. 07 jan.1932, p.1

O DIA. O novo interventor. 15 jan.1932, p.1

O DIA. O que vae pelo front, 26 jul.1932, p.1.

O DIA. Os novos secretários. 05 fev.1932, p.1

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DOI: http://dx.doi.org/10.5380/nep.v6i2.78445

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