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A “BANCADA DA FAMÍLIA”: UMA ANÁLISE DO POSICIONAMENTO EM VOTAÇÕES NA CÂMARA DOS DEPUTADOS ENTRE 2016 E 2018

Bruno Correa Oliveira

Resumo


Neste artigo, investigamos relações entre Deputados Federais vinculados às famílias políticas e votações representativas na Câmara dos Deputados. Este trabalho consiste na apresentação do resultado parcial da coleta e análise de dados feitas durante o projeto de iniciação cientifica em que participo como bolsista. Utilizamos em grande parte, dados levantados e publicados pela Revista Congresso em Foco – com participação do Núcleo de Estudos Paranaenses – UFPR – que indicou o número de 319 deputados (62% da totalidade dos deputados) possuindo algum tipo de relação de parentesco com outros políticos. Um número bastante expressivo, demonstrando que o capital político-familiar continua sendo fator importante na política brasileira, bem como as redes de relações sociais e políticas nas quais eles se inserem na Câmara dos Deputados. A metodologia consiste no mapeamento da posição de cada um destes 319 deputados em votações específicas na Câmara durante o período de 2016 a 2018. Portanto, temos como objetivo exploratório fornecer dados objetivos sobre a participação política destes deputados em votações, buscando constatar de que maneira a “bancada da família” se alinha com determinadas pautas políticas e se distancia de outras. Quanto aos resultados, observando o posicionamento geral da “bancada da família” podemos verificar que há um alinhamento deste grupo com os interesses do governo Temer e que tiveram peso significativo na aprovação do impeachment de Dilma Rousseff.


Palavras-chave


Bancada da família; Governo Temer; Nepotismo.



DOI: http://dx.doi.org/10.5380/nep.v4i1.60227

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