As percepções sobre as variações e mudanças climáticas e as estratégias de adaptação dos agricultores familiares do Seridó potiguar
DOI:
https://doi.org/10.5380/dma.v31i0.32955Palavras-chave:
percepção, semiárido, agricultura familiarResumo
As mudanças climáticas podem tornar mais escassos os recursos naturais das regiões semiáridas do planeta, prejudicando as populações agrícolas que dependem de sua qualidade. O Seridó potiguar é uma região na qual os agricultores já enfrentam as dificuldades para a produção agrícola geradas pelas características do semiárido, como a ocorrência de secas periódicas e enxurradas. Para essa população rural, considerada vulnerável, a necessidade de adaptação às mudanças climáticas se apresenta como mais um grande desafio. Nesse sentido, o presente estudo buscou analisar as percepções dos agricultores sobre as variações e mudanças no clima e suas estratégias para lidar com o semiárido. O estudo foi realizado em 29 comunidades de quatro municípios da região por meio de entrevistas com atores locais e da aplicação de questionários com 241 agricultores. A percepção dos agricultores sobre as variações climáticas é bastante difusa, porém, eles afirmam que as mudanças podem ser observadas principalmente pela alteração dos períodos chuvosos e secos, bem como pela intensificação destes. Embora a região constitua um dos núcleos de desertificação identificados pelo Ministério do Meio Ambiente (2004), em geral as estratégias desenvolvidas para a convivência com a semiaridez são bem reduzidas, o que gera uma condição de vulnerabilidade que poderá ser agravada numa situação de mudanças climáticas mais profundas. A falta de assistência técnica e a escassez de recursos financeiros são apontadas como fatores limitantes para a adoção de estratégias de adaptação. Sendo assim, é necessário promover e estimular as estratégias de convivência com o semiárido e de adaptação às mudanças climáticas na região do Seridó potiguar.
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