Open Journal Systems

n. 31 - ESCOLARIDADE OBRIGATÓRIA E GRATUITA NO BRASIL, NO CHILE E NO URUGUAI: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DOS ÚLTIMOS 30 ANOS

Carlos Antonio Diniz Júnior

Resumo


O objetivo deste artigo é analisar os ordenamentos normativos associados à obrigatoriedade e à gratuidade da educação no Brasil, no Chile e no Uruguai. Alicerçado em referenciais teóricos que discutem a temática e tendo por base a análise documental, o artigo examina a constituição nacional, a lei geral da educação e demais ordenamentos que regulamentam a obrigatoriedade e a gratuidade. Entre seus resultados, revela que declarações e demais documentos editados por organismos internacionais contribuíram para tal normatização no âmbito de cada país. Demonstra ainda que, no caso de ditos países, a educação é considerada como elemento importante para o desenvolvimento, em conformididade com orientações de organismos internacionais. Entretanto, embora o trabalho identifique avanços no que diz respeito à regulamentação da ampliação da escolarização, tais documentos não foram suficientes para garantir a efetividade do acesso dos sujeitos em idade escolar.


Palavras-chave


Escolaridade Obrigatória; Gratuidade; Brasil; Chile; Uruguai.

Texto completo:

PDF

Referências


BAUER, A. Do direito à educação à noção de quase-mercado: tensões na política de educação básica brasileira. Revista brasileira de política e administração da educação, Recife, v. 24, n. 3, p. 557-575, 2008.

BELLEI, Cristian. The private-public school controversy: The case of Chile. In: Conference on Mobilizing the Private Sector for Public Education, October. sn, 2005.

BENEVIDES, M. V. Direitos humanos: desafios para o século XXI. In: SILVEIRA, R. M. G. et al. Educação em Direitos Humanos: Fundamentos teórico-metodológicos. João Pessoa: Editora Universitária, 2007. p. 335-350.

BOBBIO, N. A Era dos direitos. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

CARNOY, Martin. Mundialização e reforma da educação: o que os planejadores devem saber. Brasília: UNESCO/Brasil, p. 55-86, 2003.

CORRÊA, J.J. Educação comparada: um esboço para compreender as fronteiras e os limites da comparação. Visão Global, Joaçaba, v. 14, n. 2, p. 251-272, jul./dez. 2011.

CURY, C. R. J. Direito à educação: direito à igualdade, direito à diferença. Cadernos de Pesquisa, São Paulo, n.116, p. 245-262. Jul. 2002.

GOMIDE, A. G. V. As diretrizes políticas da Unesco para a formação de professores e sua relação com a política de formação no Brasil. In: Simpósio brasileiro de política e Administração da educação e Congresso Luso-brasileiro e Colóquio Íbero-Americano de política e administração, 23° e 5°. 2007, Porto Alegre. Anais... Porto Alegre, 2007.

LÜDKE, Menga; ANDRÉ, Marli E. D. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. 2 ed. São Paulo: EPU, 2013.

MACHADO, L. M; OLIVEIRA, R. P. de. Direito à educação e legislação de ensino. In: WITTMANN, L. C.; GRACINDO, R. V. (Orgs.) O estado da arte em política e gestão de educação no Brasil – 1991-1997. Campinas: Autores Associados, 2001.

MOTA JUNIOR, William Pessoa da; MAUÉS, Olgaíses Cabral. O Banco Mundial e as políticas educacionais brasileiras. Educação & Realidade, v. 39, n. 4, p. 1137-1152, 2014.

NOVOA, António. Educação Comparada: possibilidades e limites. IN: SOUZA, Donaldo Bello de; MARTÍNEZ, Silvia Alicia (org). Educação Comparada: rotas de além-mar. S.P.: Xamã, 2009.

OLIVEIRA, M. M. de. Como fazer pesquisa qualitativa. Petrópolis: Vozes, 2007.

RABELO, Jackline; SEGUNDO, Maria das Dores Mendes; JIMENEZ, Susana. Educação para todos e reprodução do capital. Revista Trabalho Necessário, v. 7, n. 9, 2009.

SOUZA, Kellcia R. Direito à educação nos Países Membros do Mercosul: um estudo comparado. Tese de Doutorado em Educação Escolar. Pós-Graduação em Educação Escolar da Faculdade de Ciências e Letras da Universidade Estadual Paulista: UNESP, 2017.




DOI: http://dx.doi.org/10.5380/jpe.v14i0.71914