O NOVO PERIGO ALEMÃO: A PRESENÇA REAL E IMAGINÁRIA DOS ALEMÃES NO BRASIL DURANTE O SÉCULO XX
DOI :
https://doi.org/10.5380/his.v73i1.92063Mots-clés :
Perigo alemão, Nazismo, Imaginário.Résumé
O objetivo desse artigo é analisar como o imaginário do “perigo alemão”, formado no Brasil no início do século XX, transformou-se ao longo tempo até se configurar no que chamamos de “novo perigo alemão”. Tal perigo, baseado em estereótipos e preconceitos, afirmava que os imigrantes e descendentes do país ajudariam a Alemanha imperialista em uma suposta dominação do continente durante as primeiras décadas do século. Contudo, após o término da Segunda Guerra Mundial, há uma transformação nesse imaginario. A partir desse momento, formou-se a crença de que os vários criminosos de guerra nazistas que fugiram da Europa (entre eles Mengele, Klaus Barbie e Adolf Eichmann), escondendo-se no Brasil e em outros países do continente, estariam conspirando para reerguer o nazismo e, assim, formar um IV Reich em seus novos lares, contando com o apoio de descendentes e imigrantes alemães ali residentes. Verificamos isso na existência de grande quantidade de reportagens de jornais e revistas, bem como em literaturas conspiratórias publicadas após o término do conflito, que enfatizam essa suposta relação dos imigrantes e descendentes alemães com a suposta formação de um novo Reich. Do ponto de vista teórico-metodológico, fundamentamo-nos na abordagem do historiador Raoul Girardet, que identifica as conspirações como um dos mitos políticos presentes no imaginário da sociedade contemporânea.
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