INVISIBILIDADE DAS MULHERES NEGRAS NOS REGISTROS DA UMBANDA NO BRASIL: RACISMO E SEXISMO NO CAMPO RELIGIOSO AFRO-BRASILEIRO

Autores/as

Palabras clave:

Umbanda, Mulheres negras, Invisibilidade

Resumen

Neste artigo abordo sobre a invisibilidade das mulheres, em especial mulheres negras, na literatura da Umbanda no Brasil, como reflexo de uma historiografia produzida por homens e brancos, que dificultaram reconhecer a complexidade do campo das religiões afro-brasileiras.  Pensar a existência de mulheres negras no processo de marginalização tem aquecido a agenda do movimento de mulheres negras no Brasil, Estados Unidos e em vários países da América Latina favorecidas por políticas públicas institucionais, que aumentam a presença feminina nas universidades, nos parlamentos e em segmentos da sociedade de dominação masculina.  Valorizar as múltiplas experiências de mulheres negras de terreiros significa que outras linguagens e instrumentos epistemológicos, não-hegemônicos, podem disputar lugar em espaços de construção de poder, mesmo que à margem. Aqui também cabe ressaltar a importância dessas reflexões para as análises sobre estas mulheres no campo dos estudos das religiões afro-brasileiras. Plural, diversificada, repleta de rupturas, tensões e transições, a Umbanda compõe o campo afro-religioso, assim como as denominações dos Candomblés (ketu, nagô, jejê, angola, ewê, fon, ijexá...), Batuque, Mina, Xambá, Jurema, Xangô, entre outras práticas ativas no país.

 

Biografía del autor/a

Claudia Regina Alexandre, Pontifícia Universidade Católica (PUCSP), São Paulo, São Paulo

Jornalista. Doutora e Mestre em Ciência da Religião (PUC-SP)

Publicado

2024-12-20

Cómo citar

Alexandre, C. R. (2024). INVISIBILIDADE DAS MULHERES NEGRAS NOS REGISTROS DA UMBANDA NO BRASIL: RACISMO E SEXISMO NO CAMPO RELIGIOSO AFRO-BRASILEIRO. História: Questões & Debates, 72(1). Recuperado a partir de https://revistas.ufpr.br/historia/article/view/92910

Número

Sección

Dossiê: Diversidade religiosa entre expressões e assimetrias